quarta-feira, agosto 31, 2005

2005

Por Deus, que ano.

sábado, agosto 27, 2005

MOGWAI E LOS HERMANOS

Ontem a noite, assisti na alegre companhia de Bija, um videozinho de quase uma hora intitulado Mogwai.-.Live.at.La.Route.Du.Rock.(2001). Trata-se de uma avalanche sonora sem precedentes. A última canção, de quase 20 minutos, poderia servir tranqüilamente com um soundtrack dum apocalipse. Não há como descrever, só vendo mesmo.

Hoje é dia de ir ao Opinião assistir Los Hermanos. Ainda não vi eles ao vivo e, por mais que a febre que tive por essa banda ao longo do primeiro semestre de 2004 tenha passado um pouco, não vejo a hora de pegarmos a estrada rumo a Porto Alegre com destino ao bar que eu tanto gosto e onde já passei excelentes momentos. Tomara que hoje, seja mais um deles.

quinta-feira, agosto 18, 2005

QUINTA

Não sei se é a causa, não, sei muito bem que não é, mas necessito amenizar esse incomodo sentimento que me angustia, e hoje, especificamente, me atormentou. Então, que se pare, e já.
Tarefa das mais dificeis que eu já tenha enfrentado. Desafio monstruoso.
Simplesmente aguardo por uma mudança, benéfica de preferencia, mas fundamentalmente uma mudança, algo que me proporcione sensações boas ou o máximo que conseguirem ser semelhantes a isso.
Não que as sensações de agora sejam ruins, entretanto necessito modifica-las, pois não possuo a cabeça necessária para suportá-las amigavelmente, sem que me destruam a lucidez, preocupando-me, abatendo-me e me enrraivecendo.
É o que mais próximo tenho para fazer. É o meu bode espiatório. E sinceramente, creio ser esse o alvo certo.

terça-feira, agosto 16, 2005

MUDANÇA DE PLANOS

* Post redigido na última sexta, 12/08.

A exatos seis dias atrás, inesperadamente, a temperatura desabava drasticamente, e o céu azul era tomado por completo por nuvens acinzentadas. Desde lá; chuva, vento, frio, umidade e cerração se intercalaram de forma ininterrupta. Hoje, para a minha surpresa, a mesma mudança ocorre de forma absolutamente inversa. Meu desejo de permanecer o final de semana inteiro "enclausurado", pelo visto, foi por água a baixo.
O que me impressiona, nesses dois casos, é a rapidez com que o tempo se modificou, primeiramente deixando de lado uma semana de sol com razoável calor e imergindo num pesadelo cinza, molhado e frio que durou quase, novamente de forma similar, uma semana. Resta saber quanto tempo esse clima lá de fora durará. Certo é que, pela primeira vez em muitos dias, o solparece me incomodar um pouco. Não deveria ter planejado com tamanha antecedência meus dois dias ociosos.

O PRIMEIRO PASSO DO ÚLTIMO TRAJETO

Ontem retornei a vida acadêmica. Estava um pouco temeroso com a minha falta de motivação para tanto, mas o choque aparenta não ter sido ruim. Obviamente, o prenuncio de que haverá dificuldade e se necessitará certo esforço, não colaborou nem um pouco, mas quem sabe tudo não passe daquele temor passageiro, que após se dar o primeiro passo, deixará de existir, ou
ao menos se reduzirá. To de saco cheio de trabalhos, monografias, regras da abnt, pesquisa e toda gama de coisas que envolvem a parte última do processo de graduação e obtenção do CANUDO. Meu atual "estado de espírito" (mas que expressãozinha, hein?) não ajuda nem um pouco, porém, se faz necessária a reunião de todas as forças restantes desses seis anos na universidade, para que o resultado que será visto no dezembro próximo, seja bom o suficiente para a redenção.

I GAVE UP

Não deu. Bem que tentei, mas acabo de renunciar a leitura de Crime e Castigo de Dostoievski. Tomei emprestada essa obra já fazem, seguramente, mais de um ano, um ano e meio, e de lá pra cá, li intercaladamente, cerca de 350 e poucas páginas, porém, as demais 150 iram ficar para uma outra, distante, oportunidade. Não conseguia mais ler os longos diálogos entre os personagens e de tanto ler, parar, ler, parar, já havia me esquecido da ligação e do papel deles, o que estava dificultando a minha compreensão e me deixando ainda mais insatisfeito.
Chega, quem sabe um dia eu tente de novo, quem sabe não.

segunda-feira, agosto 15, 2005

TRANSMISSÃO DE PENSAMENTOS

Acho que o meu cansaço com fracassos do Inter está no mesmo nível que o de ver denúncias estourando sem parar desde junho neste governo que ajudei a eleger. Quero que acabe logo, só. Foi um orgasmo contido bem mais triste, este.
Ao contrário da minha paixão pelo Inter, que vai até o infarto fulminante, a crença na política nunca mais. Nunca mais.


Retirado daqui.

Foi como se eu tivesse digitado.
Me recordo de dizer ao meu comparsa Bija, que comigo assistiu ao fatídico jogo de sábado, bebendo a cerveja mais barata de qualquer bar do RS (R$2,00 = 1 Antarctica 600ml gelada), que não existe droga que supere o Internacional. É a coisa mais profundamente viciante, e ao mesmo tempo frustrante, que eu conheço. Quando imagino, depois de uma trágica derrota, via de regra, que deixarei de lado o mundo relativo ao Inter, esquecendo-me de quem será o seu adversário, de quantos pontos possui, das possíveis contratações, etc, já estou sentado na frente da TV de um buteco qualquer gritando e vibrando.
Como eu disse, mais viciante que qualquer droga.

quinta-feira, agosto 11, 2005

FINAL DE SEMANA CHUVOSO

Supondo e também torcendo muito para que isso ocorra, necessito preencher minha geladeira com boas iguarias e comprar um vinhozinho maroto, para que eu não necessite botar um único pé pra fora de casa ao longo do sábado e do domingo.
O aspecto leitura já foi contemplado com esta aquisição. Após MUITO tempo, deixo os aluguéis na biblioteca e os empréstimos de amigos, e volto a adquirir um livro. O preço já era excelente, e a atendente consegue me alegrar ainda mais dizendo que, por tratar-se de estudante, eu tinha direito a mais quinze por cento de desconto.

segunda-feira, agosto 08, 2005

FINAL DE SEMANA

Sexta-feira, 05:27 am, acordar e rumar a rodoviária. Destino: Porto Alegre.
Lá, contatos acadêmicos/profissionais na universidade católica, tarde de mixes do querido DJ, grande ingestão de vodca e afins, festa recheada de assanhamentos, a visita e a fumaça providenciada pelo nosso camarada russo, uma inesperada madrugada de sábado, muita louça e um apartamento inteiro para se arrumar ao longo do domingo, um ônibus vazio dentro de uma Porto Alegre molhada, um bigodudo dirigindo seu Palio e conversando com a sua filhinha de pouquíssimos anos sentada no banco do passageiro, e a volta da capital na companhia da menina de Cabo Verde.

Nem bom nem ruim, apenas mais um final de semana que não se perderá mais, não se esquecerá dele nem que assim se deseje. E eu, sentado aqui na frente do monitor, com a estufinha deixando a geladeira que se tornou a minha cidade um pouco mais aquecida, ouvindo o novo dos Los Hermanos, só tenho a agradecer.

INSUPERÁVEL

Uma boa regra na vida, que me ocorreu outro dia – enquanto eu subia uma escada comendo lentamente uma banana, por sinal – é não acusar quem tem uma opinião diferente da sua de sofrer de um dos três males, Canalhice, Desequilíbrio Mental ou Idiotice. Sim, uma boa regra; e fiquei tão contente com ela que quis imediatamente voltar pra casa e escrever uma coluna reconhecendo que eu sei que há esquerdistas inteligentes, ateus emocionalmente maduros e comunistas não completamente canalhas. Minha recém-descoberta tolerância me embriagou um pouquinho – e, enquanto eu andava depressa pela avenida, senti uma vaga vontade de dançar a Dança da Tolerância, subindo em barraquinhas de camelôs, sapateando e cantando músicas de Gershwin.

Soares Silva, uma das melhores leituras da Internet. Faça o favor de continua a leitura acima, clicando aqui.

quinta-feira, agosto 04, 2005

O LIVRO DO ANO

E depois, no verão, logo ao voltar ao leste, encontro uma moça totalmente diferente daquele pequeno bando de consoladoras, conselheiras, tentadoras e provocadoras – as “influência”, como diria meu pai - ,longe das quais minha entorpecida e assexuada carcaça vai se reconstituindo, desde que me tornei um homem intrinsecamente sem mulher, sem prazer, sem paixão.

Trecho de O Professor de Desejo, de Philip Roth.
Tentei nos últimos 10 minutos digitar algo a respeito da obra acima, que acabei de ler. Digitava, chamava no back space, tornava a digitar e dava delete na frase inteira. Enchi o saco e digo apenas que; nunca, em livro algum, encontrei nas sensações e sentimentos do personagem principal algo tão similar ao que eu, naquele instante, sentia. Além disso, O Professor de Desejo entra seguramente no hall das melhores obras que já li. É o típico livro que o faz perder qualquer esperança em vir a se tornar escritor, visto a impossibilidade de criar qualquer coisa com um décimo da sua qualidade.

quarta-feira, agosto 03, 2005

MÊS 08

Ser acordado por um sonho ruim, cheio de lembranças angustiantes as 5 da manhã de uma segunda-feira, é o primeiro passo da semana que inicia o meu ÚLTIMO semestre acadêmico de minha primeira (quem sabe única) graduação. Ali pelo meio da manhã, chegava eu até o banco para desembolsar a quantia de R$ 599,92 referentes a extorsão proporcionada pela universidade na primeira das seis parcelas que me levaram ao canudo. Logo mais farei uma visita ao advogado, para lhe dar R$ 300,00, referentes aos seus honorários num caso que, imagino, ainda irá se prolongar muito.
Tudo isso acima, para dizer o seguinte: tô quebrado. Terei que, ao longo do mês, conter-me de todas as formas para não entrar no vermelho e dar grana ao banco. Me darei ao luxo de pouquíssimas coisa, a primeira é comprar pilhas recarregáveis, pois tratam-se de um utensílio indispensável, e a segunda é comprar algumas coisas para encher a geladeira, quase vazia nesse instante. O meu intuito de PARAR, nem que seja por um curto espaço de tempo, de tomar cerveja, vinhos e qualquer alterador de consciência, aparenta ter nesse instante, mais do que uma relação com a minha condição emocional, uma intima relação com a minha (in)disponibilidade financeira.
E assim tem inicio o meu agosto.

terça-feira, agosto 02, 2005

TRECHO

O cantineiro do lugar onde trabalho é cego de um dos olhos. Ficou cego depois de levar uma bolada na cara, jogando futebol. Mas parece que não se importa muito com isso, até hoje não botou um olho de vidro e nem sequer um mísero tapa-olhos. Fica lá com aquele olho murcho, um buraco escavado na cara, atendendo os clientes no caixotinho e falando pornografias a qualquer um que passe por perto. No final da tarde, escorre um suor viscoso do olho atrofiado. Aposto que ele faz isso só para agredir as pessoas.

Fonte: http://santoagostinho.wunderblogs.com/