sexta-feira, dezembro 17, 2010

OLÁ

Findada a temporada NAVAL, de volta ao lar pós meses de trabalho ordinário e visitas a numerosos locais do velho mundo, tudo leva a crer que esse blog volte a sua atividade normal, que não é tão ativa assim. Não tanto como alguns anos atrás, onde o ímpeto de opinar/sugerir/criticar ou escrever ao léu era bem maior, mas ainda com fôlego para os dias que seguem em frente.
Com enorme pesar terei de dizer não a minha costumeira lista de melhores albúns do ano, que tanto me agrada elaborar. Listas são bobagens, mas isso não as condena à inutilidade, como diria Sérgio Rodrigues. Esse ano ouvi pouca coisa, não houve tempo ou instantes propícios para isso e minhas visitas a web foram reduzidas e, via de regra, movidas pelo interesse de receber e enviar noticias aqueles que eu quero bem e acessar sites que tem minha estima. Nenhuma possibilidade de acesso aos lançamentos que só agora estou tendo o prazer de baixar.
Em alguns dias começo a postar fotos dessa valiosa empreitada marítima. O blog, enfim, volta a ativa.

terça-feira, agosto 03, 2010

NO FLICKR

Após descaso profundo, motivado sobretudo por preguiça, dramas pessoais e jogatinas infindáveis disso daqui, enfim consegui dar um passo na saga de edição e envio de algumas das fotos tiradas nos 8 meses distantes de casa.
Procurando alguma distração? Passa lá, então.

terça-feira, maio 04, 2010

TRABALHO BRAÇAL*

Envolver-se por meses a fio em uma realidade que parece tornar o mundo a sua volta nada além de uma pequenina bolha, e expor o seu corpo a diárias tarefas de cunho extritamente físico, tem me cobrado certo preço. Isso fica bastante evidente quando se nota a total ingerência desse espaço, já acostumado as habituais instabilidades do seu proprietário que agora extrapola e acrescenta atualização alguma desde fevereiro último.
Até meados de junho, mais tardar julho, salvo eventualidade maior, as coisas permanecerão assim nesse sitio: sensivelmente paradas. Prometo para quando do meu regresso ao lar, e a um ambiente onde eu disponha de privacidade e o tempo necessário, um link para valiosas fotos que se acumulam nesses meses todos vagando por inúmeros cantos. Amanhã a tarde o alvo será Paris e dois dias depois Amsterdam. Reconheço sincera ansiosidade. O obturador da Nikon terá enorme trabalho.

*Meu atual descaso com a internet total e sem limites fez com que esse post fosse publicado após tudo ter ocorrido. Saldo positivíssimo: ambos os lugares são puro deleite e a cidade francesa supera a mais alta expectativa que você há de possuir. O porém, o único porém, foi que nesse exato dia uma greve movida pelo sindicato dos trabalhadores portuarios da França inviabilizou a utilização qualquer ônibus, todos impossibilitados de deixarem as cercânias do porto. Resumo da ópera: muitos euros (pior moeda) tiveram de ser investidos na locação de um táxi que guiou-nos desde Le Havre à capital. A experiência em si foi tão gratificante que os vários $$$ dispensados nem saíram tão caro assim. Elevaram, reconheço, minha antipatia pelo povo de lá.

Franceses: ódio eterno.

sábado, fevereiro 20, 2010

MORE THAN 140

Caracteres além da conta pra pôr no twitter:

...tratar um fumante como um doente representa um novo patamar na longa caminhada rumo à desumanização da espécie. A espécie não reclama. Um cigarro é uma doença, não um vício exercido em liberdade e com liberdade. Chegará o dia em que a ingestão de sal, açúcar, gordura, certos tipos de carne, álcool e outros cardápios terá alas hospitalares inteiras, destinadas a "tratar" comemores e bebedores infectos.

J. P. Coutinho continua sendo das melhores leituras da web. E a próxima geração que se cuide.


I think there is no better way to invite a human being to view their body differently than by inviting them to be an athlete, by revering one's body as an instrument rather than just an ornament. It's a really great way to reorient how you see your body so you can see it as this incredible, awe-inspiring machine that you need to fuel well in order for it to function.

Eis Alanis Morissette, falando uma enorme verdade na newsletter da Runner's World.

quarta-feira, janeiro 27, 2010

O MELHOR DA MÚSICA NO ANO QUE PASSOU

Atrasado, de novo, lá vou eu:
2009 foi muitissimo generoso em termos musicais: sem falta, mensalmente surgiram albúns, dos mais variados generos, de qualidade acima da média, dignos de serem reservados a salvo no HD para todo o sempre. A lista abaixo é uma tentativa falha de condensar aquilo que, lançado pelas gravadoras no ano passado, eu mais apreciei. Ressalto o “falha” pois mesmo depois da postagem, não hei de obter a necessária certeza da correta colocação desse ou daquele disco na dificilima tarefa de rotular o melhor, o segundo melhor, o terceiro e por aí vai. Não obstante isso, ela ilustra fielmente aquilo que considerei musicalmente grandioso em 2009. Certos albúns julguei dispensável qualquer comentários e todos merecem muito serem escutados. Caso seja do interesse aquele download maroto, encontrará boa parte desses DISCOS, se não sua totalidade, no sempre a mão bolachas.org.

10. Yo La Tengo - Popular Songs
9. The xx - xx
8. Dark Was The Night: Time de peso se fez presente para a construção dessa que foi a grande coletânea do ano: Feist, Cat Power, Spoon, Beirut, Arcade Fire, Sufjan Stevens, etc. Atenção para uma das melhores músicas do The Decemberists, chamada Sleepless, presente nesse albúm.
7. Hercules And Love Affair – Sidetracked
6. The Antlers – Hospice:
O mais melancólico dos albuns da lista. Pérola pra ser devidamente degustada em dias nublados.
5. Wild Beasts – Two Dancers: O segundo albúm dos ingleses é um daqueles discos que crescem de tamanho, ganham maior dimensão e são ainda mais apreciados a cada vez que se escuta. Supondo uma futura revisão dessa mesma lista, não me surpreenderia se eles atingissem melhor colocação.
4. Bill Callahan - I Wish We Were An Eagle: A voz assustadora desse cidadão, num disco memorável que parece ter sido feito décadas atrás.
3. jj – n2: O mais curto dos albuns dispostos aqui e também aquele que mais ouvi, é dono de um post todo especial, dedicado e escrito quando ainda estava deslumbrado com a magnitude da obra. Naquela época parecia não haver dúvida quanto a certeza dele encabeçar essa lista. Hoje, olhando com um pouquinho de distância histórica necessária, não acredito que ele supere os que seguem abaixo.
2. Mew - No More Stories Are Told Today, I'm Sorry, They Washed Away: Não fosse uma pequena caída a partir da metade do albúm, e esse seria seguramente agraciado com o posto de número 1 do ano. Canções como Silas The Magic Car, Repeaterbeater e, especialmente, Introducing Palace Players, trouxeram-no até aqui, essa justíssima segunda colocação.
1. Hernan Cattaneo Reinassance - The Masters Series Vol. 13: Tal como no ano passado, quando John Digweed e o não menos que extraordinário Transitions Vol. 4 encabeçou a lista (hipotética, no caso, pois jamais tê-la publicado), esse 2009 ficará marcado pelo cd 1, desse albúm duplo do argentino que, mais uma vez, consegue elevar a música eletrônica a patamares de elegância e maestria absolutamente sem par.

E aquela que eu intitularia como A Música do Ano, não se encontra nesses albúns todos. Bonnie Prince Billy e o seu apenas razoavel Beware, conserva uma das suas melhores e mais festivas canções de todo o seu enorme e quase infinito repertório. Uma singela pérola de pouco mais de dois minutos chamada I Am Goodbye.
Não raro me pego acompanhando o refrão, batendo palmas e dançando ao ouvi-la. Sempre um sinal da minha mais nobre e sincera apreciação.