terça-feira, novembro 19, 2013

A HORDA DO ELOGIO MÚTUO

Da mesma forma, gosto de poder apreciar certas unanimidades, de eleger os meus preferidos e de não pertencer a uma patota que pré-aprove as minhas opiniões, fugindo como da peste dessa cansativa mentalidade de horda que aclama ou desautoriza autores, e que é praticada pela maioria dos nossos valorosos luminares da literatura brasileira contemporânea.

Vanessa Barbara  comentando acerca de algo que assume características cada vez mais explícitas no atual campo literário nacional, essa intersolidariedade grupal da lisonja e elogio suspeitosamente sincero.

terça-feira, novembro 12, 2013

TEXTO EMPOEIRADO

Averiguando alguns posts salvos na condição de "rascunho", me deparei com esse que segue abaixo. Ele é incompleto, provavelmente por essa razão eu não o publiquei na época: almejava criar uma pequenina lista de recomendações antes de envia-lo ao blog.
Mas considerei justo pública-lo agora pois a música de que ele trata é algo que supera simples elogios. Um link do youtube pra facilitar.

A faixa 05, The Ocean, de Richard Hawley do albúm Coles Corner.
Não ouvi nenhuma canção mais refinada que essa em 2008. Atemporal por inteira e ainda assim destilando contemporaneidade e passado numa elegância e forma explêndidas.
Chega, sei, mas é tudo isso.
Gostei horrores de inúmeras de inúmeras outras, dentre as quais:

USELESS

Faz alguns anos que, assediados por críticos e não-leitores (categorias, curiosamente, muitas vezes superpostas) que lhe esfregam na cara sua crescente irrelevância cultural, muitos escritores vêm adotando uma defesa baseada no estímulo que a ficção daria às faculdades empáticas do leitor. Alegam que as narrativas inventadas aguçariam em quem as lê a capacidade de imaginar o outro, conceber o diferente e, portanto, ser mais compreensivo, democrático, compassivo, humano.

Sérgio Rodrigues aborda as benesses inclusas em toda a inutilidade que é a literatura.