"O que estimula todos os nossos avanços tecnológicos é o adultério: criou-se a internet, o celular, criaram-se as mensagens por telefone unicamente para que todos os casais possam viver com facilidade as suas vidas paralelas. (...) Está tão minado o terreno da fidelidade que a questão, para os casais, não mais é saber se o outro o trai mas sim com quem o outro o trai.".
David Foenkinos, no seu Em Caso de Felicidade, daqui.
quarta-feira, abril 22, 2009
quinta-feira, abril 16, 2009
A MENINA MÁ
Travessuras da Menina Má, de Vargas Llosa é, desde já, a melhor leitura que realizei nesse ano. Comprado de forma precipitada numa Feira do Livro de anos atrás, logo que a editora Alfaguara chegou ao Brasil, mantive-o adquirindo poeira na estante pois não nutria nenhuma esperança de nele encontrar algo que me fizesse, por exemplo, dispensar a ele esse post. Ledo engano. Não fosse a preguiça, deveria trazer até aqui, ou mais propriamente ao blog de trechos, alguns parágrafos brilhantes encontrados nas pouco mais de suas 300 páginas. Posso com segurança afirmar que não havia me deparado antes com uma uma obra que contasse com tantos trechos que me dispensassem uma torrente de sensações da mais pura excitação. Coisas visceralmente sexuais, que me obrigavam a respirar fundo e lidar com uma ereção que irremediavelmente surgia. Uma delicia, lógico, mas algo também inusitado, reconheço.
Mas não só os trechos de cunho sexual, a história melindrosa de idas e vindas e o desfecho formidável com que o autor peruano finalizou uma obra que, aparentemente, traz muito de autobiográfico (não que isso possua importância, não possui), fazem de Travessuras da Menina Má uma das mais preciosas peças da minha estante, uma das melhores experiências literárias que já tive.
Mas não só os trechos de cunho sexual, a história melindrosa de idas e vindas e o desfecho formidável com que o autor peruano finalizou uma obra que, aparentemente, traz muito de autobiográfico (não que isso possua importância, não possui), fazem de Travessuras da Menina Má uma das mais preciosas peças da minha estante, uma das melhores experiências literárias que já tive.
terça-feira, abril 14, 2009
DO SUICÍDIO
Costumo explicar a tal pessoa que os pacientes repetidamente me contam como estão felizes pelo fato de não terem conseguido matar-se. Semanas, meses, anos mais tarde, dizem-me eles, descobriram que havia uma solução para seus problemas, uma resposta a sua pergunta, um sentido para suas vidas. "Mesmo que a chance de que as coisas melhorem seja apenas uma em mil" continua minha explicação, "quem pode garantir que no seu caso isso não acontecerá, mais cedo ou mais tarde? Mas em primeiro lugar você tem que viver para enxergar o dia em que isto pode acontecer, precisa sobreviver para ver nascer aquele dia, e, de agora em diante, a responsabilidade da sobrevivência não o deixará mais."
Viktor Frankl, do seu Em Busca de Sentido, iluminando tudo.
Viktor Frankl, do seu Em Busca de Sentido, iluminando tudo.
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