Fé, parece ser tudo que me resta.
Abaixo, segue um precioso trecho do Ceconello, que por algum motivo me fez lembrar de um Atlético PR x Inter, acho que em 2001, um jogo sobrenatural onde o colorado venceu por 2 à 1 e eu perdi meu walkman em plena Três Coroas, num acampamento junto de amigos e supostas namoradas, consumido por uma comemoração eufórica e leviana, superdimensionada pelo consumo dos mesmos produtos mencionados pelo nosso amigo abaixo:
O companheiro da anfitriã tinha sotaque forte de porto-alegrense e gostava de reggae. Mais não preciso dizer. Entre o papo furado e a feitura do almoço, aparece o indefectível tijolinho do capeta. Tem início o ritual de preparo do artefato maconhístico. Não demora para o usuário chegar no MICRO SYSTEM e sacar da mochila o Legend.
- Baahh, vamos escutar um Bob -, diz o malandro.
- Odeio reggae -, responde uma interlocutora, que, de fato, não suporta um som rasta.
- Tu não gosta de Bob?! Bahh, mina, que palha.
Mas ali ficamos, ainda felizes, com Buffalo Soldier comandando as ações. A bomba ficou pronta. Embora já conhecesse meus limites e reações quando estes são ultrapassados, também não sou de fazer desfeita aos donos da casa. E, como não queria ficar deslocado da espiritualidade do momento, não me restou qualquer outra saída.
Um aparte: já tenho idade suficiente para ter descoberto que minha droga é o álcool. Tudo mais me transtorna profundamente. Mesmo com o ORÉGANO, sempre fui extremamente fraco e suscetível aos efeitos. Bobeira pouca é bobagem. Com o IOGURTE não, geralmente me deixa com a vida transparecendo nos olhos e nos POROS, aberto ao mais fraterno convívio. Por isso, hoje rendo preces apenas ao DEUS CANECO.