terça-feira, novembro 12, 2013

USELESS

Faz alguns anos que, assediados por críticos e não-leitores (categorias, curiosamente, muitas vezes superpostas) que lhe esfregam na cara sua crescente irrelevância cultural, muitos escritores vêm adotando uma defesa baseada no estímulo que a ficção daria às faculdades empáticas do leitor. Alegam que as narrativas inventadas aguçariam em quem as lê a capacidade de imaginar o outro, conceber o diferente e, portanto, ser mais compreensivo, democrático, compassivo, humano.

Sérgio Rodrigues aborda as benesses inclusas em toda a inutilidade que é a literatura.