sábado, junho 07, 2014

NOSSO NÚMERO 9

O crescimento do Internacional muito se deveu a ele. Suas atuações no segundo semestre de 2004, como um meia, diferente do posicionamento dele nos anos que viriam a seguir, foram as melhores em toda a trajetória desse mítico jogador pelo Inter. Me recordo, quando da lesão que ele sofreu num dos enfrentamentos que antecederam o jogo contra o Boca Juniors, na Sul-Americana daquele ano, que ali, naquele instante, não havia esperança pra equipe na competição. O time dependia dele, sem ele não possuíamos força pra vencer obstáculos maiores. De 2005 em diante, é história fácil de ser contada, empilhando títulos, servindo como alicerce mor de um time que fez o que não se imaginava ser possível, até então.
A mais marcante entrevista que ouvi dele, foi após a segunda partida da semi-final da Libertadores de 2006. Ainda em campo, ao término do jogo, após ter marcado um dos gols da vitória, o repórter se aproxima e pergunta sobre o que poderia se esperar da decisão contra o São Paulo, que ocorreria na próxima semana. Impossível me recordar das suas palavras, mas a mensagem era de que se podia ir além, o caminho estava ainda por ser trilhado, haveria o respeito pela equipe adversária (naquela altura detentora do titulo da Libertadores e Mundial), mas de maneira alguma o medo. Daria o sangue pela vitória, em resumo. Eu, aterrorizado pela idéia de fracassarmos, tendo ido tão longe. Ele, convicto que poderiamos vencer. E vencemos.
Muito obrigado por tudo, Capitão.


Uh, Terror, Fernandão é Matador