O crescimento do Internacional muito
se deveu a ele. Suas atuações no segundo semestre de 2004, como um meia,
diferente do posicionamento dele nos anos que viriam a seguir, foram as
melhores em toda a trajetória desse mítico jogador pelo Inter. Me
recordo, quando da lesão que ele sofreu num dos enfrentamentos que
antecederam o jogo contra o Boca Juniors, na Sul-Americana daquele ano,
que ali, naquele instante, não havia esperança pra equipe na competição.
O time dependia dele, sem ele não possuíamos força pra vencer
obstáculos maiores. De 2005 em diante, é história fácil de ser contada,
empilhando títulos, servindo como alicerce mor de um time que fez o que
não se imaginava ser possível, até então.
A
mais marcante entrevista que ouvi dele, foi após a segunda partida da
semi-final da Libertadores de 2006. Ainda em campo, ao término do jogo,
após ter marcado um dos gols da vitória, o repórter se aproxima e
pergunta sobre o que poderia se esperar da decisão contra o São Paulo,
que ocorreria na próxima semana. Impossível me recordar das suas
palavras, mas a mensagem era de que se podia ir além, o caminho estava
ainda por ser trilhado, haveria o respeito pela equipe adversária
(naquela altura detentora do titulo da Libertadores e Mundial), mas de
maneira alguma o medo. Daria o sangue pela vitória, em resumo. Eu,
aterrorizado pela idéia de fracassarmos, tendo ido tão longe. Ele,
convicto que poderiamos vencer. E vencemos.
Muito obrigado por tudo, Capitão.
Uh, Terror, Fernandão é Matador |