Últimas semanas foram de quilometragens absurdas, que amedrontam pelo mal que podem causar, mas que aliviam e anestesiam.
Cansaço atingindo níveis consideráveis, dores ameaçando surgir, pernas se arrastando, o fôlego sendo exigido até não poder mais, e o pior: o sono capenga, de parcas horas, recheado de pensamentos intrusivos, saudades e remorsos.
São aqueles quilômetros produtos das inquietações e ansiedades gigantescas, cujo efeito é essa insana busca pela estafa, pela exaustão, melhor, pelo esgotamento. Pela miséria sobre o asfalto e a terra, pela dor e o suor, mas sobretudo pelo abençoado e reconfortante resultado posterior: o alívio e a anestesia.
Não é a primeira vez que a corrida serve pra conter um pouco do caminhão de ansiedade que (sobre)carrego. Na realidade, na maioria do tempo, subestimo e acabo não dando o devido crédito ao tanto que esse hábito me ajuda e conforta.
Mesmo sem conseguir traduzir em palavras, cada vez fica mais claro pra mim a resposta para a incontornável pergunta: do que é que eu corro?
Cansaço atingindo níveis consideráveis, dores ameaçando surgir, pernas se arrastando, o fôlego sendo exigido até não poder mais, e o pior: o sono capenga, de parcas horas, recheado de pensamentos intrusivos, saudades e remorsos.
São aqueles quilômetros produtos das inquietações e ansiedades gigantescas, cujo efeito é essa insana busca pela estafa, pela exaustão, melhor, pelo esgotamento. Pela miséria sobre o asfalto e a terra, pela dor e o suor, mas sobretudo pelo abençoado e reconfortante resultado posterior: o alívio e a anestesia.
Não é a primeira vez que a corrida serve pra conter um pouco do caminhão de ansiedade que (sobre)carrego. Na realidade, na maioria do tempo, subestimo e acabo não dando o devido crédito ao tanto que esse hábito me ajuda e conforta.
Mesmo sem conseguir traduzir em palavras, cada vez fica mais claro pra mim a resposta para a incontornável pergunta: do que é que eu corro?