quarta-feira, junho 15, 2005

PEDREIROS

Tava quase me esquecendo de postar aqui, o comentário do Wagner a respeito de Brasil x Argentina, na quarta passada:

Foram colocar um time de bailarinos, deu nisso.
Para jogar com os argentinos, tem que convocar o time dos pedreiros que estão construindo a BR-101.

TEMPOS ESTRANHOS

Algo de estranho deve estar acontecendo, quando em uma só noite dois casais de conhecidos, para não utilizar termo de maior afinidade, discutem rispidamente. Ainda sem poder definir o quão importante era, para cada um dos “discutentes”, o motivo e o tamanho de seu descontentamento, era notório o ódio, momentâneo, é necessário dizer, e a concomitante tensão. Ninguém disposto a ceder de nenhum lado. A derrota nessas situações não é sequer admitida.
O dia-a-dia, suas incertezas e tudo mais que ele possui deixa o ser humano cada vez mais instável. Essa instabilidade é guardada, multiplicada ao longo das (más) horas e despejada no primeiro instante, com quem se tiver pela frente. De preferência pessoas próximas, se possível aquelas que se sabe poder obter um perdão posterior.

terça-feira, junho 14, 2005

GOD DAMMIT

Ontem me envolvi no 2º acidente automobilístico de minha vida. Fazem uns três anos que colidi numa moto e tive um pequeníssimo prejuízo. Naquela vez culpa minha. Dessa vez não.
Havia acabado de fazer o retorno, quando um cidadão na minha frente teve aabominável conduta de frear bruscamente e entrar numa rua a direita. Estando logo atrás, cravo meu pé no pedal de freio, conseguindo por uma pequeníssima distância não bater no infeliz que estava na minha dianteira. Infelizmente ocarro que vinha logo atrás de min não teve a mesma sorte, e eu tive, porconseguinte, o tremendo azar de receber uma SENHORA pancada do seu BMW. Um estrondo e o inevitável pensamento: deu merda. É interessante agora, passado todo o alvoroço e as sensações ruins, vislumbrar todo o ocorrido. Logo da batida, fui tomado por uma sensação que me anestesiara por completo. Sabia que havia acontecido uma bela merda, sabia que o destino haviaconspirado contra min - ao menos naquele lamentável instante - e que o quehavia acabado de ocorrer desencadearia inúmeros problemas. Isso e muitos outros pensamentos tornaram-me um ser pouquíssimo racional, tamanho era omeu abalo. Não agia de forma sóbria, não demonstrava raiva, ódio ou qualqueroutro sentimento, apenas pensava "isso não precisava ter acontecido". Pensava de forma lenta, e só após vários minutos solicitei o telefonecelular de um velho que se encontrava ali por perto e liguei para o meu irmão vir dar uma mão. Me lembro que pedi esse favor ao velho, meio que semmuitas esperanças, na verdade eu não supunha que ele possuísse um celular. Imaginava o seu não, como resposta, mas a telefonia móvel tratou de me jogarna cara o quão disseminado é o uso do aparelho celular, pelas mais distintas classes sociais, pelas mais distintas idades.O saldo final ainda é uma incógnita. Não sei se será necessário o ingresso na justiça ou o rapaz cobrirá as despesas da traseira do Gol.

sexta-feira, junho 10, 2005

INTERPOL

Sexta-feira, 20h 49min. Tive de parar tudo para relatar nesse post, que acabo de ouvir o que de melhor se produziu em termos de rock, na expressão máxima do termo, nesses últimos anos. Nunca, em toda minha vida havia sido surpreendido por uma banda, do que nesse instante, onde assisti uma apresentação ao vivo do grupo Interpol. É dificil descrever a performance deles, sem utilizar algo como o adjetivo-MÓR, assim, em maiúscula mesmo, do português. Impressionantemente perfeita.
Não me lembro de ficar tão chocado ouvindo música. O que acabo de passar é seguramente o prazer máximo que uma música pode proporcionar, sensação que não acontece seguidamente.

quarta-feira, junho 08, 2005

TRECHO

Ela está usando o mais gracioso de seus vestidos, um que desenha seu corpo com pefeição. Ela me conta que deram o estágio pra uma outra pessoa. Eu arranco ovestido dela e beijo cada parte do seu corpo, faço dedicamente cadacoisa que eu sei que ela gosta que eu faça, fodo ela com a língua,boto ela de quatro metendo rápido, fundo, e agora acredito que meutrabalho, meu roteiro inacabado, tudo que eu queria ter escrito masnão consegui, minha poupança, nosso futuro apartamento, o mecenato, orum e o chá de pêssego, os livros e os CDs, o Chile e os estágios,tudo isso junto não vale o momento em que ela olha pra mim por cima doombro, com lágrimas nos olhos, dizendo Faz o que tu quiser comigo, fazo que tu quiser. Eu faço. E depois de tudo, deixo o quarto à meia-luz,somos embalados pelo silêncio profundo do ar condicionado e da água dapiscina térmica, cubro ela com o lençol, já quase dormindo ela me dizBoa noite e eu, exausto, respondo: Boa noite.

Daniel Galera.

SEGUIR SE AMANDO

Desgraçado aquele que não conhece a paixão, mas também desgraçado aquele que só conhece a paixão, que só é capaz de amar passionalmente, porque está condenado a repetir essa ilusão. A paixão sempre se acaba quando entra em contato com a realidade. Quando se ama passionalmente, sofrer não é inevitável, mas é bastante provável. Se a paixão não se cumpre, se não é correspondida, sofremos como cães. Mas, se a paixão se cumpre, também sofremos, ainda que seja de outro modo, pela melancolia do amor perdido. Algumas pessoas, no entanto, são capazes de converter a paixão, quando se acaba, num amor cotidiano e real. São esses os casais que começam uma relação apaixonadíssimos e sabem seguir se amando de outra maneira, mas harmoniosamente durante anos.

Rosa Monteiro
Via http://www.insanus.org/parada.

BRIAN

Aproveitando mais uma não ida a aula, no mais desastrado e inutil semestre que já presenciei na faculdade, assisti A vida de Brian dos rapazes do Monty Phyton (alerta, não sei se é assim que se escreve) ao lado de Antonow, o meu amigo russo. Apesar de ser uma série bastante conhecida, foi minha primeira experiência no mundo dos caras. Sou um pouco avesso a filmes de comédia, admito. O filme é incomum pra caramba, recheado de cenas ABSOLUTAMENTE inusitadas, nem por isso muito cômicas, mas ainda assim divertidas. Vale a pena a empreitada, nem que seja apenas para matar a curiosidade e assistir aos últimos e impagaveis cinco minutos do filme.