Ontem me envolvi no 2º acidente automobilístico de minha vida. Fazem uns três anos que colidi numa moto e tive um pequeníssimo prejuízo. Naquela vez culpa minha. Dessa vez não.
Havia acabado de fazer o retorno, quando um cidadão na minha frente teve aabominável conduta de frear bruscamente e entrar numa rua a direita. Estando logo atrás, cravo meu pé no pedal de freio, conseguindo por uma pequeníssima distância não bater no infeliz que estava na minha dianteira. Infelizmente ocarro que vinha logo atrás de min não teve a mesma sorte, e eu tive, porconseguinte, o tremendo azar de receber uma SENHORA pancada do seu BMW. Um estrondo e o inevitável pensamento: deu merda. É interessante agora, passado todo o alvoroço e as sensações ruins, vislumbrar todo o ocorrido. Logo da batida, fui tomado por uma sensação que me anestesiara por completo. Sabia que havia acontecido uma bela merda, sabia que o destino haviaconspirado contra min - ao menos naquele lamentável instante - e que o quehavia acabado de ocorrer desencadearia inúmeros problemas. Isso e muitos outros pensamentos tornaram-me um ser pouquíssimo racional, tamanho era omeu abalo. Não agia de forma sóbria, não demonstrava raiva, ódio ou qualqueroutro sentimento, apenas pensava "isso não precisava ter acontecido". Pensava de forma lenta, e só após vários minutos solicitei o telefonecelular de um velho que se encontrava ali por perto e liguei para o meu irmão vir dar uma mão. Me lembro que pedi esse favor ao velho, meio que semmuitas esperanças, na verdade eu não supunha que ele possuísse um celular. Imaginava o seu não, como resposta, mas a telefonia móvel tratou de me jogarna cara o quão disseminado é o uso do aparelho celular, pelas mais distintas classes sociais, pelas mais distintas idades.O saldo final ainda é uma incógnita. Não sei se será necessário o ingresso na justiça ou o rapaz cobrirá as despesas da traseira do Gol.