Algo de estranho deve estar acontecendo, quando em uma só noite dois casais de conhecidos, para não utilizar termo de maior afinidade, discutem rispidamente. Ainda sem poder definir o quão importante era, para cada um dos “discutentes”, o motivo e o tamanho de seu descontentamento, era notório o ódio, momentâneo, é necessário dizer, e a concomitante tensão. Ninguém disposto a ceder de nenhum lado. A derrota nessas situações não é sequer admitida.
O dia-a-dia, suas incertezas e tudo mais que ele possui deixa o ser humano cada vez mais instável. Essa instabilidade é guardada, multiplicada ao longo das (más) horas e despejada no primeiro instante, com quem se tiver pela frente. De preferência pessoas próximas, se possível aquelas que se sabe poder obter um perdão posterior.