sexta-feira, dezembro 22, 2006

AINDA VERMELHO DE ALEGRIA

Enquanto não ponho no ar o videozinho que fiz ao lado do meu comparsa Sam, e não ponho-os a par do que foi nossa aventura na chegada do Internacional a Porto Alegre na última terça, mando ver num control + c e control + v em inúmeros relatos bacanas retirados de blogs pra lá de vermelhos.

Quando o Fernandão saiu, o Índio quebrou o nariz e aquele Xavi começou a fazer misérias no ataque, decidi que não conseguiria ver o final da partida no meio daquela gente. Se o Barça fizesse um gol, a tristeza coletiva seria avassaladora, e eu não queria testemunhá-la.
Fonte.

Foi suado, sofrido, com a gana de todo colorado que pisou nos Eucaliptos e depois no Gigante da Beira Rio ao longo desses 97 anos. De todos que algum sentiram calafrios simplesmente por vislumbrar a camisa vermelha.
E não há como questionar a supremacia sul-americana. Sem dinheiro, sem cotas de televisão, sem os melhores jogadores, mas com as jaquetas mais dignas de respeito no mundo do futebol.
Nessa temporada, o Inter completou sua história, chegou ao ponto máximo que um clube pode alcançar. E eu vivi para ver isso.

Fonte.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

O MUNDO EM VERMELHO E BRANCO

Estava disposto a não falar acerca do jogo, aí até comecei a elaborar um post que continha relatos da minha apreensão, da insatisfação de meu pai com a minha agonia desumana, da minha idéia fixa, anterior ao jogo, que Iarley seria o divisor de águas da partida, e que culminaria, lá adiante, no fim da rivalidade; nada que o time da Azenha tenha feito nos seus mais de cem anos, é similar ao que aconteceu na manhã do último 17 de dezembro. Mas aí, notei que não me encontro suficientemente disposto a escrever um texto longo, e que irremediavelmente eu não conseguiria digitar algo que prestasse. Ando pra lá de cansado, e estou me dedicando nesses últimos dias de 2006 a uma espécie de despedida dos habituais desregramentos que só me fodem.
Por isso, no post sobre a maior conquista que um clube do país já realizou em territórios estrangeiros, em cima do dream-team do futebol desse ínicio de século, ficará só uma imagem. Essa aí de baixo, que se somará aquelas que emoldurei nas paredes de minha casa quando da conquista da América.

GA - BI - RÚ

quinta-feira, dezembro 14, 2006

DOMINGO É DIA DE FAZER O CRIME

E a equipe tem que jogar com força, muita força, bater muito, no limite da expulsão.

Como essa temporada tem sido fértil em acontecimentos grandiosos e flertes com o absurdo, espero que o fechamento dela aconteça em grande estilo.

Então, a receita é essa: vodu, carrinho e seqüestro da dona Miguelina.

Algumas passagens do sensacional post do Ceconello no Impedimento. Muito, muito bom.

NÃO DORMIREI

A final desenhada desde o último 16 de agosto acontecerá domingo de manhã. Considero que a dificuldade absurda que o Internacional teve ontem, tratou de dispensar a batalha contra o Barcelona ares ainda maiores de o que vier é lucro. Agora, se vencermos, não sei como será meu futuro como fiel interessado que sou desde 1995 nos assuntos que cercam o colorado. Dadas as circuntâncias, nenhum título já conquistado por clube algum do Brasil se assimilará ao feito, e chegando ao apíce posso cogitar a minha saída do mundo futebolístico, desistindo até das assinaturas da Sportv e ESPN. Claro que isso é só uma cogitação.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

2 x 1

Depois de quase ver tudo ser arruinado em questão de poucos minutos, definitivamente, o que acontecer no domingo será lucro.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

AMIZADE

Amizade é isso, acho: assimilar aspectos de uma outra personalidade e se tornar um pouco aquela pessoa. De certa forma, é como se esse ponto de intersecção entre sua personalidade e as de seus amigos fosse um filho seu com cada um deles. Não é à toa que muita gente diz que sua família de verdade são os amigos.

O Träsel saiu com a pérola ali de cima, ainda tratando acerca do falecimento d'O Cara que mantinha o portal dos melhores blogs desse país.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

ESBOÇANDO UM RETORNO

Um mês e um dia, foi o tempo que fiquei sem emitir uma única palavra aqui. Isso ocorre com certa frequência, tal como meus periodos de desregramento que se intercalam (e arruinam) com os periodos de disciplina da minha vida pessoal.
Coisas ocorrendo, assuntos de relevância, mas vontade alguma de elaborar um post a respeito. Vamos ver se isso muda de agora em diante, principalmente pelo fato de que será impossivel não comentar acerca de futebol nos próximos dias.

Só para não passar batido, ontem a noite e meio a heinekens e junto de Ariel e Hanel, fui submetido a uma das mais profundas ondas nostalgicas que tenho notícia. Varrendo foto a foto os dois albuns de fotografia que possuo, fui sentindo as lembranças dos mais variados tempos, mas especialmente o periodo 17/20 anos escorrendo pelas paredes da minha casa. Que bom é ter saudade.

segunda-feira, novembro 06, 2006

LEITURAS

Três tópicos que resumem todo o meu instante literário:

- Depois de três meses de um comprometimento nem tão grande assim, admito, com a leitura de Cem Anos de Solidão, faltam-me 10 páginas para a que eu chegue ao seu término.

- Hoje a noite lerei os volumes 2, 3 e 4 de O Cavaleiro das Trevas. Uma despedida, visto que trata-se da mini-série que vendi semana passada no Mercado Livre e desde já me arrependo pelo resto dos meus dias.

- Amanhã, muy provavelmente, inicio a leitura de Ulisses.

quarta-feira, novembro 01, 2006

DAS ELEIÇÕES

Já estava me esquecendo de comentar algo acerca das eleições de domingo, quando ontem pela manhã, em meio a uma conversa pelo chat do Gmail, o Hanel me saiu com a frase perfeita. Aquela que resume tudo.

10:35 AM me: foi votar ou mandou as favas a farsa eleitoral?

10:49 AM Hanel: votei né meu... meu voto não foi lá grandes coisa.

Minha conexão se foi e não pude dizer a ele que nenhum voto foi grande coisa, e bom mesmo seria não ter ido votar, ou melhor, não PRECISAR ir votar. Mas enfim, vamos ver como o RS se sairá com uma mulher no PODER. Só pra variar, ficamos novamente na contra-mão, elegendo um partido de oposição ao governo federal. Um uha! para a gauchada.

terça-feira, outubro 31, 2006

O PRIMEIRO SONHO

O primeiro sonho com o Barcelona ocorreu na noite passada. Pra lá de bizarra, a partida acontecia numa espécie de arena e não era disputada por onze jogadores. Parecia um jogo de futebol sete em grama sintética. Acordei quando o placar era dilatado para o nosso lado, algo como 5 x 2 ou 5 x 1.
Hoje irei para a frente da TV assistir ao embate no Nou Camp, e torcer para o Chelsea, claro.

segunda-feira, outubro 30, 2006

DAS COISAS SIMPLES DA VIDA

Poucas coisas me deixam mais satisfeito do que um escorredor completamente abarrotado de louça recém lavada.

Retirado daqui.

quarta-feira, outubro 25, 2006

UH RENTERIA

Renteria encarna o deboche e um certo sentimento favelado que historicamente caracteriza a índole colorada. Sem ele, o Inter poderia ter vencido a Libertadores - embora eu não tenha certeza -, mas não teríamos esse fascinante componente maloqueiro-místico. Não me interessa que há muito ele não contribui com o time. Me comprometo a nunca duvidar da sua generosidade e das boas intenções para com os colorados. Por comemorar de verdade seus gols. Por brigar com adversários. Por debochar. Por ser expulso devido a bobagens.

Nosso querido Renteria é retratado de forma exuberante lá no Impedimento.
Mesmo sem ter tido mais nenhuma boa atuação desde o 2º gol na vitória contra a LDU, o cidadão que mais entra em impedimento do futebol brasileiro, seguramente já se encontra gravado na história do Internacional pelo SOBERBO tento marcado contra o Nacional do Uruguai.
Se és colorado, a leitura é obrigatória.

segunda-feira, outubro 09, 2006

SABEDORIA

Será domingo, às 16 horas. Dia e horário em que deveriam continuar sendo disputados todos os clássicos de sempre. Como costumava acontecer antes de cabos, antenas e transmissões digitais.

Em meio a um comentário sobre River x Boca, uma frase brilhante retirada daqui.

quarta-feira, outubro 04, 2006

LINK

Xinguem Olavo de Carvalho de fantasioso, ficcionista, até louco, mas, excetuando-se bons blogues que costumo visitar e a turma do Nomínimo, não há na internet brasileira visita tão inprescindivel quanto a realizada ao seu site (www.olavodecarvalho.org) , absolutamente indispensavel. Abaixo seguem trechos de suas últimas colunas:

Há idéias que persuadem não pela razoabilidade, mas precisamente pela estupidez. Combater o consumo de drogas por meio da liberação é tão inteligente quanto defender-se da tentação do adultério comendo a mulher do vizinho três vezes por semana, no intuito de tornar-se imune aos encantos das demais esposas dos arredores. Pode-se também suprimir o homossexualismo dando o traseiro por aí até que ele se torne insensível.

Há idéias que persuadem não pela razoabilidade, mas precisamente pela estupidez. Combater o consumo de drogas por meio da liberação é tão inteligente quanto defender-se da tentação do adultério comendo a mulher do vizinho três vezes por semana, no intuito de tornar-se imune aos encantos das demais esposas dos arredores. Pode-se também suprimir o homossexualismo dando o traseiro por aí até que ele se torne insensível.

O eleitor vai para as urnas pensando que Lula é o grande reformador ético acidentalmente corrompido pelas más companhias direitistas, que Heloísa e Christovam são puros idealistas infelizmente sem chances neste baixo mundo e que Alckmin é o anjo vingador do conservadorismo, pronto a soar a trombeta do juízo final para os pecadores petistas. As escolhas serão feitas dentro desse leque de opções ficcionais. Em suma, esta eleição é uma palhaçada.

sexta-feira, setembro 29, 2006

FÉ NO 2º TURNO

Pense apenas se a máquina pública se tornou melhor ou se piorou e ficou infestada de corrupção por todos os lados.

Utilizando-me de uma frase do Parada, reconheço que não votarei no PT nessas eleições. Após comemorar a vitória de 2002 balançando bandeiras vermelhas até a madrugada, percorrendo as ruas da cidade a pé bebendo cerveja, não há como negar: errei feio.

segunda-feira, setembro 25, 2006

ZERO DE DIVERSÃO, ZERO DE NADA

Filmes de comédia americanos, especialmente um com Adam Sandler e Drew Barrymore, que vi no último sábado e do qual não me lembro o nome, só são toleráveis se assistidos em muito boa companhia.
Utilizo-me de uma frase do Soares Silva para descrever essa espécie de filme: Não é horrível, dá pra ver. Mas pra quê?

sábado, setembro 16, 2006

UM MÊS DEPOIS

Segunda-feira, Dezembro 15, 2003
DENOVO E DA MESMA FORMA
O que aconteceu com o Inter no sábado tem nome: tragédia. Um gol, um ponto ou uma vitória, não foi a primeira vez que ocorre tal fato conosco, pelo contrário, foram tantas que até já me faço acostumado. Dessa vez nem o abatimento foi tão grande, como nem tão grande foi o meu pesar. Coisa de quem, lá no fundo, já esperava por isso.


Meio que sem querer encontrei em certos cantos escuros e já quase mofados do meu HD o post acima, e de alguma forma isso contribuiu para enfim contar a respeito da maior conquista do colorado em todos os tempos.
O personagem principal da derrota tão amargurada que cito acima chama-se São Caetano. Os 5 x 0 que eles nos enfiaram naquela malfadada tarde de sábado, tirariam-nos a chance de disputar a Libertadores de 2004 e, conseqüentemente, arruinaria com toda uma bela campanha durante o Brasileirão de 2003. Me lembro de tudo: a noite de sábado nos reservava um casamento e, na companhia de Fernanda, num bar do calçadão de Tramandaí, via meu sonho de assistir meu time disputar a Copa Libertadores da América ir para o espaço de uma forma pra lá de catastrófica. Não imaginava que, passados três anos, assistiria ao que assisti a algumas semanas atrás.

1ª FASE
O ínicio da campanha colorada, o jogo na Venezuela, que foi assistido na casa e companhia de meu amigo, colorado de fé como poucos, Guilherme, parecia o prenuncio de algo que não parecia estar em boas mãos. O gol de empate do Maracaibo aos 43min do 2º tempo, numa falha cruelíssima de nossa defesa, escancarava tudo aquilo que os colorados estavam cansados de assistir; a má sorte, o acaso, o destino conspirando novamente contra.
Não foi por confiança na equipe ou premonição de que estaria assistindo um futuro campeão sul-americano, que fui até o revendedor Sky aqui da cidade, e contratei seus serviços no intuito de assistir ao 2º jogo do Internacional na competição. Com intimidações do tipo “só compro se instalarem a tempo de Inter e Nacional hoje à noite” que me ausentei da loja, deixando cheques que totalizavam R$ 400,00, para mais tarde, a tempo, receber a visita do técnico da TV por assinatura que conseguiu, por pouco diga-se, instalar a antena. O motivo que me fez gastar essa grana foi, acima de tudo, proporcionar ao meu velho o prazer de ver o seu Internacional, denovo, jogando a competição-mór de nosso continente. E isso parece também ter dado sorte. Essa primeira partida, assistida ao lado de meu irmão e meu pai, na salinha de casa, teve uma excelente apresentação colorada, e um placar categórico de 3 x 0.
Após, viria o jogo da meia-noite, e Pumas x Inter acabou sendo um jogaço. A virada com Fernandão e Rentería tiveram um gosto pra lá de especial. Eu e meu velho desligando a TV felizes as duas da matina é algo digno de não ser esquecido.
Hora do returno, e lá vinham os mexicanos novamente. Dessa vez abriram de imediato um inexplicável 0 x 2 em pleno Templo, jogando com uma equipe mista ou mesma reserva, não me lembro bem. Fernandão e Adriano trataram de pôr fim ao absurdo, e os 3 x 2 já aparentavam dar uma amostra do que o futuro nos reservava.
Aí houve o jogo contra o Nacional. Esse parece ter passado desapercebido. Pouco ou quase nada me lembro da mais sem graça de todas as partidas da campanha: um 0 x 0 que assegurou-nos quase que com certeza para a fase seguinte da competição.
Inter 4 x 0 Maracaibo serviu mais como treino do que propriamente para qualquer outra finalidade. A vaga já estava assegurada, só uma desastrosa derrota colorada, seguida de vitória do Nacional, na sua partida contra o Pumas, retiraria o Inter das oitavas. Na realidade, apenas restava saber quem enfrentaríamos na próxima fase.
A boa campanha, 2º lugar geral na competição, fez com que disputássemos as oitavas contra nosso maior algoz sul-americano. Se não cruzássemos contra o Vélez Sarsfield teríamos o direito de decidir todas as disputas em Porto Alegre. O nervosismo iniciava o seu trajeto, tomava seu rumo ladeira acima, mas ainda não indicando que o cume, o topo da montanha era o seu destino.

OITAVAS-DE-FINAL
Jogo fora de casa contra o Nacional. Jornais lembrando a pegajosa final de 1980, o fracasso colorado numa competição que ainda não reunia um pingo do glamour que hoje ostenta. O Inter leva o primeiro numa cobrança de escanteio uruguaio. Estádio pequeno, pressão, e o Inter escapando de levar o segundo até que... até que há uma falta... e até que enfim o colorado possui no elenco quem cobre-as: Jorge Wagner iguala o marcador a poucos minutos do fim do 1º tempo de forma esplêndida, e o sufoco ameniza para o intervalo, a respiração torna-se novamente viável na sua plenitude. Voltam às equipes, o jogo recomeça e eu assisto, a não sei direito que altura do jogo, ao mais espetacular gol do Internacional na competição: o peladeiro Rentería recebe uma bola de Fernandão de cabeça. O colombiano domina no peito, com o pé direito aplica o maior chapeuzinho que eu já vi numa transmissão ao vivo pela TV, e desfere, sem deixar a bola tocar o solo, com o pé esquerdo, um tiro certeiro, no angulo, que estufa a rede charrua e decreta o 1 x 2 no placar. O Inter acabaria o jogo com dois jogadores a menos: Rentería e Ediglê, este, que entrou apenas para dar um pontapé grosseiro na lateral e receber um até breve de Oscar Ruiz. Era a primeira aparição do ferrolho colorado; uma barreira quase instransponível nos arredores da meta colorada que não permitiu o gol de empate até os 50min do 2º tempo.
O jogo de volta foi chato. O Nacional até gol mal anulado teve, mas não adiantava ao time uruguaio mais nada. O 2º gol de Rentería proporcionou ao Inter muito mais que uma imensa vantagem para o jogo de volta. A supremacia colorada era evidente e isso não poderia ser desmanchado pela canhestra equipe do Nacional. O futuro do Inter na competição, vingaria a equipe que foi derrotada por esse clube em 80. Mal imaginava Rentería, que no gol de placa que ele assinalou naquele arremedo de estádio no Uruguai, estava vingando toda uma geração que por anos foi perseguida pela derrota de 1 a 0 no estádio Centenário, 26 anos atrás.

QUARTAS-DE-FINAL
A altitude e mais do que ela, o temor: a LDU representava o desafio máximo para o Inter até o momento. Era certo que teria de ser despendido muito esforço, muita bravura, muito futebol para superar os equatorianos. Me lembro bem: eu, o muy colorado Bija, meu pai e meu irmão assistimos o primeiro tempo juntos na sala. O Inter inicia jogando bem, não se amedronta e acaba o 1º tempo vencendo com um golaço de fora da área, do melhor lateral esquerdo das Américas, Jorge Wagner. Lamentavelmente, por incrível que possa parecer, nessa partida não havia Clemer. No seu lugar havia Marcelo e o medo de sair nas bolas que eram levantadas para a grande área. No segundo tempo meu pai se ausentou, foi até a cozinha fazer sua comida, e parece ter levado consigo a sorte colorada. O placar de 2 x 1 em prol dos equatorianos ao término do embate foi um verdadeiro câncer, que por mais que não possa ter sido considerado um mal resultado, nós venciamos a partida até a metade do 2º tempo, e o jogo de volta ocorreria após a malfadada Copa do Mundo, ou seja, quase 2 meses depois. Tempo o suficiente para não me fazer esquecer os equatorianos e a sua virada durante muito tempo.
E o tempo foi passando, a competição da FIFA se desenrolando, os jogadores retornando de uma espécie de mini-férias, e tudo começava a cheirar, cada vez mais forte, parecia que em todo lugar, LDU.
Chegou à data, 18 ou 19 de julho, não me recordo com toda a certeza. Dessa vez Bija, meu pai e eu assistíamos a tudo da 29 polegadas da sala, enquanto meu irmão preferiu por assistir o histórico embate no seu quarto. Passado o primeiro tempo de muito sofrimento, com o Inter jogando melhor, não permitindo a LDU nenhuma chance de maior perigo, tive de dar uma de taxista e levar minha mãe até um compromisso dela para com causas sociais. Louvável ela e sua atitude de atuar em prol do beneficio humano, da causa humana. Louvável, porém gremista, e por isso tive de vislumbrar o sua secação ao chegar em frente ao bar mais movimentado da cidade naquele instante e vislumbrar de relance meu amigo Estevo, o Mr. Guadalajara, igualmente gremista. Parei para lhe desferir um aceno e vi estampado no rosto dele e dela a vontade de que a tentativa colorada se mostrasse infrutífera. Vi estampado o semblante de quem estava torcendo contra e, por Deus, que horror foi aquilo! Haviam ainda 45 minutos e o Inter tinha de conseguir. O placar atual nos desclassificava do restante da competição. O sonho morreria se nada ocorresse nos 45 minutos finais.
Voltei pra casa a tempo de não perder sequer um minuto da partida. O abençoado Rafael, aos 7min, recebe a bola e em chamas parte para cima da defesa equatoriana. Pra cima, babando pra cima dos equatorianos, pra lá, pra cá, até chutar forte no canto direito do goleiro da seleção do Equador e fazer com que eu desferisse um imenso grito de “bucha”, que arruinou as minhas cordas vocais no dia seguinte. Sentado, no sofazinho de casa, com uma cuia na mão, vi Rafael Sóbis começar a escrever o seu nome na história do Internacional no mais emblemático jogo da campanha colorada na Libertadores. O segundo gol, de Rentería, e a fan-tás-ti-ca defesa de Clemer no último minuto, impedindo a definição da vaga nos pênaltis, pareciam deixar claro que a aspiração colorada era, definitivamente, o título.

SEMI-FINAIS
Após 17 anos, novamente em Assunção, contra um time que vestia as cores preto e cinza, o Internacional decidiria uma vaga a final da Libertadores. Não me recordo de nada da partida de 89, mas só eu sei como me escondi, e tratei de ficar longe quando qualquer coisa daquela trágica e horripilante partida contra o Olímpia era referida, seja no rádio, seja na televisão, seja por bocas de terceiros. Bom, lá ia o Inter novamente para o Defensores Del Chaco, dessa vez enfrentar o time que havia, na fase anterior, retirado o River Plate da competição. O jogo reuniu sintomas cada vez mais claros de que 2006 poderia sim ser o ano. Foi uma partida guerreada, viril e com lances para ambos os lados, mas nenhuma chance, nenhuma oportunidade chamou mais a atenção do que a primeira e, principal e espetacularmente, a segunda bola na trave da equipe paraguaia. Transcrevo abaixo, palavras que postei no já finado blog sobre futebol que por 2 meses, ou quase isso, mantive na companhia de meu comparsa, colorado ilustríssimo, Cleyton:

Não vimos o mesmo Inter que enfrentou a LDU. Tão pouco poderiamos, pois primeiro, o jogo não era em casa, e segundo, não tinhamos Tinga e Granja, que junto com Wagner e Sóbis formam o quarteto fundamental da equipe. O jogo foi interessante, bastante guerreado, viril mas não desleal. Jogadores como Fernandão, Sóbis e Wagner destoaram positivamente, Edinho, sozinho, destoou muito negativamente.
O que chama a atenção, é que há algo de diferente dessa vez, há uma sorte/força que está do nosso lado, atuando EM favor, caso contrário, o Internacional não teria saído de Assunção com esse bom 0 x 0.

Se não, vejamos:
1º tempo; após a bola colidir na trave direita de Clemer, sobrar para um jogador do Libertad que, na ponta esquerda, ingressou na grande area e cruzou para que quase na pequena area um avante da equipe paraguaia chutasse torto na bola e ela fosse parar nas mãos do goleiro colorado.
2º tempo, lá pelos 40min a bola sobra para um jogador do Libertad que, da intermediária, um pouco distante da meia lua da grande area, desfere um tirambaço na bola que, após chocar-se contra a trave, bate nas pernas e após nas costas de Clemer para, inexplicavelmente, ir para a linha de fundo.
Fosse em qualquer outra oportunidade da história recente do time da Beira-Rio, as duas bolas entrariam. Se não a primeira, segura e certamente a segunda. E é dessa forma que o sonho continua firme e forte.


No jogo de volta eu estava lá. Na companhia de outro magnífico colorado, Beto, parti para o Gigante, tomando um vinho na viagem, assistindo a um estupendo pôr-do-sol e no meio do caminho ainda pisando nas areias de Imbé, numa mudança de rota absolutamente inusitada. E foi de lá do Bêra, abarrotado, lindo, que liguei para meu pai e disse a ele que “o circo estava montado”. Não sei se me expressei como queria. Acho que o que almejava era dizer algo como “o palco estava montado” ou “o palco estava pronto”, mas o nervosismo e o vinho da tarde estavam mandando a conta. Na única partida que ousei deixar minha residência e o conforto da sala, do chimarrão e da companhia de meu pai e de Bija, vi o Inter vencer o Libertad por dois tentos a zero, num jogo dificílimo, recheado de oportunidades paraguaias, felizmente, todas elas, impressionantemente desperdiçadas, bem na minha frente, pelos avantes guaranis. Aos 10min do segundo tempo, parecia que, caso o Divino não intercedesse, e rápido, iríamos dizer adeus mais uma vez.
Disse algumas linhas acima que 2006 poderia ser, enfim, o ano. Pois é, quando tudo parecia complicar-se de forma irremediavel, num angulo de visão privilegiadíssimo, assisti a Alex, lá do outro lado do campo, de perna esquerda colocar o Internacional, depois de 26 anos, na sua segunda final de Libertadores. Em meio a explosão, estava eu pulando em cima do místico cimento do Beira-Rio, subindo e descendo degraus no meio da euforia que se instaurou, gritando “estufou, estufou”, num surto só meu, de quem estava ali vendo o colorado ir adiante. O sonho mantinha-se cada vez maior e mais próximo. Fernandão, com a perna direita, fez o segundo e selou o que o destino parecia querer: o Internacional seria o adversário do São Paulo, atual campeão, classificado no dia anterior ao vencer o Chivas Guadalajara por 3 x 0, no mais importante torneio das Américas e não, eu não estava preparado para tamanha aflição/nervosismo/angustia/terror/etc que consumiria com o meu emocional pelas próximas 2 semanas.

FINAIS
Fugi de jornais e noticias tão logo o jogo contra o Libertad findou-se. Reconheço que após os 2 x 0 contra a LDU teve ínicio a tentativa (suficientemente exitosa, diga-se, realizando agora um balanço geral) do auto-implantado desapego às informações acerca do Internacional e tudo que envolvia as partidas. O ápice dessa empreitada ocorreu logo após a partida contra o Libertad, como eu dizia. Não poderei conceber um comportamento igual da minha pessoa em qualquer outra oportunidade. Eu estava absolutamente ausente para diálogos acerca do jogo, excetuando-se pessoas muitíssimo próximas quando o assunto é futebol; Guilherme, Bija, Cleyton e pouquíssimos outros eram os únicos com quem me atrevia a dialogar. Adoraria poder hoje ouvir o que se dizia nos programas esportivos, principalmente o que Cláudio Cabral, Hugo Amorim, Kenny Braga afirmavam naqueles dias. Lamentavelmente, naqueles mesmos dias, não reunia condições mínimas para tanto. Sabia que se não me mantivesse distante disso tudo, poderia muito bem arruinar com o pingo de sensatez que ainda possuía. Foram dias difíceis.

Uma noite que iniciou quente e terminou chuvosa e fria, assim foi o 9 de agosto, dia que assisti a superioridade são-paulina, dita e afirmada por todos os cantos, se esvair pelo ralo. O grande culpado disso, responde pelo nome de Rafael Sóbis, e o que ele fez no Morumbi foi INESQUECÍVEL. Deveriam levantar um busto desse rapaz no hall de entrada do estádio. Como essa idéia não possui chances de ir em frente, ao menos prestei uma merecidíssima homenagem a ele, colocando um pequeno quadro seu em minha mini residência. A inscrição Monstro que digitei ao seu lado numa imagem capturada após o gol contra a LDU demonstram, fidedignamente, o que o agora jogador do Bétis encarnou no maior gramado do estado paulista. Rafael Sóbis foi um monstro contra o São Paulo, especialmente lá, silenciando perto de 70.000 torcedores tricolores. No momento em que recebeu em velocidade uma bola de Edinho e arrastou consigo a zaga do São Paulo, Sóbis levava consigo os sei lá quantos milhões de colorados espalhados pelo mundo na sua garupa. Quando fez troça de Fabão no bico da grande área e trôpego desferiu um tiro indefensável no canto direito da meta de Rogério Ceni levou a nação vermelha aquela espécie de delírio que foge da compreensão, e da possibilidade de transcrição em forma de palavras.

A maior imagem desse jogo, e uma das maiores da trajetória colorada nesse iluminado ano, tem ao fundo, junto de uma desfocada e estupefata torcida são-paulina, a placa lembrando o título que o colorado estava conquistando, e ele, Sóbis, no centro da foto, em meio a sua corrida posterior ao 1º gol, com ambos os pés no espaço, distantes da grama, como se o mesmo possuísse asas, como se fosse ele o anjo colorado daquele magistral 09 de agosto.

A bola na trave de Tinga e a posterior conclusão de Rafael para o fundo das redes no segundo gol, mostrava a todos ao o que, especificamente, estava disposto o Internacional. Desde o inicio não nos propúnhamos a meros figurantes. O gol são-paulino de Ed Carlos fazia parte de uma aceitável reação, visto que estavam em seu estádio e a pressão era imensa. Ainda assim, o mesmo ferrolho que deu sua primeira amostra no jogo pelas oitavas-de-final contra o Nacional no Uruguai, retornava, não permitindo que nos últimos 15 minutos o time paulista chegasse ao empate.

A quinta-feira seguinte iniciou um dos mais perturbadores períodos de minha vida. A reclusão, e a não audição ou leitura de qualquer coisa com relação ao jogo aumentaram, junto do medo/receio/temor de que algo de muito, muito ruim poderia estar reservado para o dia 16 de agosto, data da 2ª partida. Havia também a esperança de que não, dessa vez aquela sombra que teimava em nos perseguir desde sei lá quando, tinha sido deixada pra trás, quem sabe até mesmo no último clássico Gre-nal, naquele sofrível 1 a 1 que deu o título do Gauchão ao Grêmio.
O final de semana seguinte da vitória em São Paulo reservou-nos uma virada de 2 x 1 pra cima do Fortaleza pelo Brasileirão fora de casa, com o time absolutamente reserva. Os titulares retornaram a Porto Alegre tão logo tomaram uma ducha no Morumbi. Tudo voltava-se a mais importante batalha que o Internacional já havia disputado.
Na segunda-feira que antecedia a disputa, quem sabe de forma involuntária, para diminuir a pressão emocional que a atmosfera me exercia, sai para um bar que há muito não recebia a visita da minha pessoa, mas que já foi por diversas vezes, num passado razoavelmente distante, palco de noitadas soberbamente divertidas. Bebi ao ponto de tomar banhos de chuva numa fria madrugada acompanhado, veja só o acaso, por uma amiga torcedora do São Paulo. Não tive condições de ir ao trabalho na manhã seguinte, e isso era só o ínicio. Não havia cabeça para manter regras, disciplinas e condutas sensatas, tudo passava por quarta-feira, 16 de agosto. Parecia que a vida apenas poderia retomar o seu (devido?) curso após o jogo, fosse qual fosse o resultado. Nunca havia passado pressão parecida em termos futebolísticos. Nem mesmo quando a segundona nos acenava, nua e insinuante, como foi contra o Palmeiras e o Paysandu, em 99 e 03.

16 de agosto, 2006:
Frio, chuvisqueiro, umidade e outros defeitos climáticos reuniram-se na tão aguardada data. O dia em em si foi passado da mesma forma que os outros dias a pelo menos uma semana e meia atrás haviam sido; puro piloto-automático. Tomei duas cervejas 600ml antes do ínicio da partida, buscando uma maior tranqüilidade. Sei lá de onde retirei a idéia que um pouco de álcool poderia causar esse efeito. Meia hora antes do ínicio da partida fui agraciado pela visita do Mestre, cidadão que levei junto comigo ao Gigante em duas oportunidades, pessoa que posso, com um sorriso na face, dizer que tornei mais um de nossa Nação. Aproveitei para lhe mostrar certas fotos que possuía em meu HD, e cair numa onda nostálgica que me retirasse um pouco da tensão pré-jogo, que naquele instante estava beirando o insuportável. Os minutos passaram-se e eu sabia que o jogo logo teria ínicio. Passaram-se mais alguns minutos, sabia que a partida já estava transcorrendo, e ainda assim mantinha-me na frente do micro. Fosse possível e tivesse coragem, tomaria algum comprimido ou injeção que me fizesse cair em sonolência profunda até o término da partida. Mas não, era chegada a hora. Enfim deveríamos rumar para a casa de meus pais, para a TV 29’, para o mais importante jogo de nossa história. Desliguei o micro e disse ao Mestre que estava na hora de ganharmos a América. Abri a porta de casa quando a partida estava paralisada pela fumaça dos sinalizadores. A partir dali, foi uma linha ascendente em termos de nervosismo, e descendente em termos de racionalidade.
E o jogo? Não sei, necessito assisti-lo de novo, algo que ocorrerá possivelmente muito em breve com o advento dos DVD’s que surgirão. A partida em si, o desempenho das equipes, tudo passou batido. Não era um mero jogo, tratava-se da mais importante das batalhas, o ato final da guerra que havia iniciado na Venezuela, passado pelo México, Uruguai, Equador, Paraguai, pela mais importante cidade da América Latina, e voltado ali, para o lugar onde estava predestinada a ter o seu fim.
Vislumbrando tudo agora, com a perspectiva quem sabe mais correta que o tempo dá, reconheço que foi uma experiência transtornante. A impossibilidade de explicar ou até mesmo lembrar da sensação que tomou conta de mim após o empate do São Paulo, faltando 4 minutos e meio do tempo normal para acabar o jogo, demonstram ao o que, de fato, fui submetido: terror puro. Desses últimos minutos, lembro apenas da minha dúvida em ver ou não o que a partir dali ocorreria. Sem saber ao certo o que fazer, fechei o zíper de minha jaqueta vermelha até o máximo que ela permitia, e me trancafiei nela. E foi ali, fechado, com apenas os olhos e o nariz do lado de fora, que vi tudo que se passou até trilhar final do apito de Elizondo. E, por Deus, foi incrível. O fim da noite reservou a visita de Bija, de sua namorada e de meu irmão a minha mini-casa. Permaneci ajoelhado acionando o windows media player em alguns gols da campanha vitoriosa que haviam chegado até mim pela net. Haroldo de Souza e Pedro Ernesto Denardim embalaram o soundtrack até o instante que aumentei o volume da TV para assistir e ouvir ele, o predestinado, Fernandão, levantando a taça. Que cena, que imagem, que glória.

Os dois jogos finais representaram para min algo que ainda hoje, 20h09min de 06/09, não foram de todo digeridos. Minha disciplina para com inúmeras coisas foram literalmente deixados de lado e ainda não restabelecidas na sua integralidade. Felizmente, aquela sensação terrorista de receio e tensão elevados ao extremo já se desapareceram a dias. O que agora resta é uma ainda ressaca, um ainda desleixo. Parece que se aguarda uma espécie de virada de ano para botar tudo em ordem e seguir em frente. Porém agora, com uma estrela a mais no peito e a sensação de que algo pra lá de incrível eu tive o prazer de contemplar.

segunda-feira, setembro 11, 2006

A ARTE DE TORNAR AMIGOS SEM TIME EM COLORADOS

Conversa no MSN a 15min atrás:

Leandro diz:
viu que o nosso time ganhou o melhor dos titulos? viu o joguinho contra o são paulo?

Leandro diz:
viu, viu?

cleptomaniaca de corações. diz:
hauhauahuahauahuahua

cleptomaniaca de corações. diz:
CLAROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

cleptomaniaca de corações. diz:
eu tava enlouquecida aqui em casa

cleptomaniaca de corações. diz:
sozinha

cleptomaniaca de corações. diz:
deixei a globo no mudo

cleptomaniaca de corações. diz:
e sintonizei na Guaiba pela internet

cleptomaniaca de corações. diz:
hahahaahahahah

cleptomaniaca de corações. diz:
fiquei loca loca

cleptomaniaca de corações. diz:
bebada, claro, comprei cervejas pra mim

segunda-feira, setembro 04, 2006

SURTO TURISTA

Nesse instante, tomando um mate, assisto pela janela do escritório a neve cair na cidade.

sexta-feira, setembro 01, 2006

QUERMESSE DE INTERIOR

Na reunião da crítica, no sábado à tarde, discutiu-se muito a metamorfose ambulante que é um evento como Gramado que, se melhora a questão da curadoria, continua atropelado pela sempre bizarra seleção de jurados que parecem escolhidos por amizade, simpatia ou horas acumuladas de televisão, dando aos contornos da história escrita do cinema brasileiro um ar de quermesse de interior.

Kleber Mendonça Filho, que esteve em Gramado durante o Festival de Cinema, pondo a baixo essa farsa gaúcha.

quinta-feira, agosto 31, 2006

APÓS MESES, O REENCONTRO COM O DVD

David Strathairn, comandando a vala em BN e BS.

Acabo de assistir ao segundo filme de George Clooney como diretor, Boa Noite e Boa Sorte. Um filmaço, digno de melhor sorte em farsas como a do Oscar, visto que foi indicado a 6 quesitos e nada. A ambientação década de 50, o preto e branco da pelicula e David Strathairn no papel chave da obra, são qualquer coisa de explêndidos. Estou me tornando fã de Clooney.
Outro excelente filme que assisti na noite de segunda, foi Match Point, de Mr. Woody Allen. Os sempre belos dialogos dos filmes de Allen, junto de uma cenografia/produção exuberantes, compõem tudo de bom que se pode esperar de um obra cinematografica.
Não há, simplesmente não há como ficar desapontado com Match Point e Boa Noite e Boa Sorte.

segunda-feira, agosto 28, 2006

PÉROLAS

Ele (Paulo Almeida, jogador do curintia) parece com um bancário que joga futebol no verão.

Claudio Cabral, o Mestre, falando na Band AM em meio ao intervalo de jogo de Corinthians e Grêmio.

RACISMO?

Enquanto o mano for impedido de dizer “mulheres negras não me atraem” com a mesma naturalidade com que digo “tenho horror de alemoas”, o racismo continuará vivo –só que dessa vez por obra daqueles que supõem combatê-lo.

Daqui.

segunda-feira, agosto 21, 2006

PÓS AMÉRICA

Voltando a viver, depois dO Jogo da última quarta, feliz, porém não ileso, prometo para amanhã relatos do que ocorreu.

quarta-feira, agosto 16, 2006

VAI TER DE SER

Acabo de vestir o MANTO. Na tentativa de me tranquilizar um pouco, abri a primeira das duas bohemias que estão no meu freezer. São 20:57, falta pouquinho mais de uma hora para o ínicio da partida. Não fiz muita força para ir ao estádio. Primeiro, sabia que seria uma luta inglória por um ingresso e, segundo, e principalmente, não gostaria de estar lá. Hoje, por variados motivos, prefiro a companhia de meu pai ao espetáculo ao vivo. Agora são 21:01, e eu vou conectar, postar essas palavras, e ficar no aguardo. A noite há de reservar-nos o esplendor.

TURN RIGHT

Anos atrás escrevi que o dr. Nelson Jobim, sonhando em proteger os cidadãos contra a violência criminal mediante a supressão de seus meios de legítima defesa, não me parecia homem esperto o bastante para captar a diferença do grau de periculosidade de um revólver quando visto pelo lado do cabo e pelo lado do cano.

Mestre Olavo, numa antiga coluna do seu site. Assim que surge um pequeno, um ínfimo sinal de arroubos esquerdistas na minha cachola, procuro o homem.

segunda-feira, agosto 14, 2006

NECESSIDADE

Passei o domingo com um mp3player de um amigo, mais precisamente de Mr. Guadalajara, e agora não consigo mais imaginar minha existência sem um. Prevejo nova falência financeira para breve.

quinta-feira, agosto 10, 2006

SOARES SILVA

Não acredito em "viver a vida intensamente". Acho tanto o conceito quanto a expressão um tanto bregas. Pra começar, sempre que se diz isso o sujeito era drogado ou bebia até o ponto de chutar bandejas das mãos de velhinhas. Não. Prefiro viver a vida suavemente, obrigado. Ser gentil e tirar soneca no meio da tarde. Ler um bocado.
Sou um recluso (quase). Meu maior prazer é poder passar um dia sem falar com absolutamente ninguém. O telefone toca, e estou há tantas horas sem falar que a mandíbula abre com dificuldade, com estalo.
Sou preguiçoso. Acho que a ética de trabalho foi realmente criada para manter os escravos no lugar. Como não sou escravo, relaxo. (Quando posso. E frequentemente quando não posso, também). Além dos dias em que não tenho que falar com ninguém, adoro os dias em que não tenho que ir a lugar nenhum, nem fazer nada. Nem no dia seguinte. Nem na mesma semana. Ter um compromisso de manhã cedo na quinta já me estraga a segunda.

Ele, sempre com boas lições. Grifos por minha conta.

quarta-feira, agosto 09, 2006

AS PESSOAS

Aqueles alemães não ouviam Bach, Wagner, Beethoven, não liam Goethe, Rilke, Hölderlin(?????) à noite, e de dia não trabalhavam em Auschwitz? A gente nunca sabe nada sobre o outro. E aquele lá de cima, o Incognoscível, em que centésima carreira de pó cintilante sua bela narina se encontrava quando teve a idéia de criar criaturas e juntá-las?

Hilda Hilst.

terça-feira, agosto 01, 2006

SEXTAS DESSE 2006


As findadas e já épicas disputas de Pro Evolution Soccer 5, na companhia de Cley, Tevote, fumaça e algum álcool.

SE ILUMINANDO

Há uns 5 dias chegou até minhas mãos o calhamaço de 900 e poucas páginas Ulisses, o clássico-mór da literatura do século passado. Aproveitei uma senhora promoção que o Submarino estava fazendo e arrecadei-o. Suponho que a tarefa hercúlea de ler a obra inicie dentro de alguns dias. Ontem iniciei Amsterdam, de Ian McEwan, enquanto continuo ali pela página 60 de Pergunte ao Pó, de John Fante, após ter terminado no final de semana Tudo se Ilumina, de J. Safran Foer. Muita leitura e as atividades físicas andando num bom ritmo.

Isso, contrastando com a fase mais light de ingestão de álcool que eu me lembro em pelo menos 2 anos. Fica claro que, definitivamente, tudo é terrivelmente SISTÊMICO. Ao menos com a minha pessoa, e disso não há como fugir.

quinta-feira, julho 20, 2006

SIGLAS DO MAL

Minha namorada, minutos antes de eu ter sair para assistir ao já histórico Internacional X LDU:

- Contra quem vocês vão jogar mesmo, o USB?

segunda-feira, julho 03, 2006

MUTANTES

Gostei dos dois primeiros filmes da série, e esse X-Men 3, assistido na gélida noite de ontem, também pode ser colocado no mesmo balaio, mesmo deixando um pouco a desejar se comparado principalmente a X-Men 2. Muito acima da média, em se tratando de adaptações de quadrinhos para o cinema. Agora, aguardemos pelo homem de aço.

domingo, julho 02, 2006

FIM

Esse 1º de julho parece que guardará mais do que apenas a saída precoce do Brasil na Copa para o rapaz aqui.

quarta-feira, junho 21, 2006

MEU DOMINGO NO CINEMA


Bonecas Russas é um belo filme; simpático, leve e com a menininha da direita, Kelly Reilly, dona duma ruivisse exuberante.

SOCCER

Uma experiência, agora no ramo esportivo. Visite-o.

quarta-feira, junho 14, 2006

ÉL GORDITO

Fue una decepcionante sucesión de enes y de os: no corrió, no inquietó, no transpiró, no jugó, no gambeteó, no deslumbró. No apareció, en otras palabras.

Via Clarin. E o pior é que Parreira, tendo um momento Abel Braga, já escalou o homem para domingo. Estou cada vez mais convencido que treinador é tudo igual.

terça-feira, junho 13, 2006

CONSTATAÇÕES DO MUNDIAL

Armando Nogueira e Zagallo, os dois, caminhando a passos largos rumo a senilidade.

segunda-feira, junho 12, 2006

IMPRESSÕES

O vinho e a cerveja em demasia me proporcionaram sensações de mal-estar até perto das 4 da tarde, tanto sábado como domingo. Ainda assim, seguramente, não posso reclamar de nada nesse chuvoso final de semana. Desde as derrotas para os fiéis participantes da jogatinas de Pro-Evolution Soccer, passando pela apresentação da banda de outros fabulosos comparsas, até o despertador do telefone da minha menina tocando às 7h da gélida manhã de domingo.

E a copa? Vi a Alemanha/Itália/Inglaterra/Holanda/Argentina/Portugal ganharem de seus adversários com as calças na mão, com dificuldades, muitas dificuldades. Portanto, amanhã será a derradeira oportunidade de ver se alguém se credencia a assumir o posto de candidato ao título, e esse alguém ou pode ser a França ou pode ser o Brasil. Sabe-se que a Espanha é que não será. E sinceramente, sinceramente mesmo, o meu Inter batia qualquer um desses clubes que até agora entraram em campo. Não acredita? Eu sim. Ah, o meu Inter, não o do Abel.

Agora vou ali fazer um vinte um pra linda morena que suporta o rapaz aqui já faz um tempinho, por que hoje é dia 12 e nós não estamos juntos, mas não dá é nada.

quinta-feira, junho 08, 2006

MARCAS DA VIOLÊNCIA

Na superfície, uma ou outra coisa talvez varie um pouco, mas a verdade é que – por mais estranho que pareça – acho que somos a vida inteira a mesma pessoa.

Acabo de ler a frase acima nesse site. Em Marcas da Violência, filme que assisti anteontem, a mesma abordagem é feita, o mesmo assunto é tratado: somos a vida inteira a mesma pessoa, podemos quando muito, nos disfarçarmos, criarmos uma casca por sobre nós.
Sobre o filme, não consigo utilizar definição superior a palavra bom. Mas só. Definitivamente não encontrei nele os elementos tão mencionados e elogiados que os críticos encontraram. Não pertencerá a minha lista dos cinco melhores filmes do ano, seguramente.

segunda-feira, junho 05, 2006

POST QUE DEVERIA TER SIDO PUBLICADO ONTEM

Aproveitando esse domingo cinza e chuvoso, comentarei por tópicos :

Estou ouvindo nesse instante - tomando vinho, depois do jogo da seleção, prestes a confeccionar uns pãos de queijo yoki - um grupo chamado Phoenix, álbum "its never been like that". Muito bom, prestes a tornar-se um dos melhores albuns do ano. Falando nisso, tenho ouvido coisas mui buenas nos últimos dias: Snow Patrol - eyes open, Hernan Cattaneo - Renaissance Masters 2004 - CD1 e CD2, além de Kings of Convenience e o album solo de Tom Yorke, que ainda não foi definitivamente digerido, mas que dentro de poucos dias muito provavelmente virá a ser.

Aproveitando o ingresso da parte mais hostil do inverno, e querendo de uma vez por todas deixar de lado o FUMACÊ, adquiri vinhos a lot nesse domingo. No momento tomo um Tarapacá, no balaio trouxe dois Santa Ana 1 litro e um Carta Nueva, que experimentado foi no último domingo e as boas impressões que tive dele me fazem sugeri-lo a todos.

Amanhã tentarei retomar as corridas. Após, cansado e vindo de um reconfortador banho, lerei. É mais uma tentativa de retomar a LINHA. Desejo-me sorte.

A DETESTÁVEL ESCOLA DA VIDA

Quem não lê, no entanto, geralmente se sente superior a quem lê. Se sente mais prático, mais direto. “Me formei na escola da vida”. “Não tenho tempo para essas coisas. Trabalho muito. Quando pego um livro pra ler, sinto sono”. A sensação que tenho, quando vejo alguém que se sente orgulhoso de não ler, é a que eu teria se fosse convidado para jantar na casa de alguém e, de repente, o anfitrião me mostrasse todo orgulhoso o próprio pênis guardado numa caixinha. “Não tenho tempo pra essas coisas, então mandei remover. Quando tentava usar, pegava no sono”. Bom, só posso pensar- azar o seu. Grande parte do prazer da sua vida foi embora.

ASS em post das antigas.

quinta-feira, junho 01, 2006

POR DEMAIS ENGRAÇADO

Perdi o seu número de celular, tenho um bizarro na minha agenda e quando liguei pra sua casa alguém da sua família me passou um ainda mais absurdo.

A loirinha Natalie me fazendo rir cedo da manhã.

quarta-feira, maio 24, 2006

MA-RA-VI-LHA

Comprei 4 livros pela fnac: Galera, McEwan, Saramago e um cara que eu pouco conheço mas que mui bem criticado foi. Muitos bons preço me tiraram da habitual pão-durisse, em nome de uma volta a boa e velha leitura.

terça-feira, maio 23, 2006

CONSTATAÇÃO DA GÉLIDA NOITE DE ONTEM

Não há método mais fácil de verificar o graú de sobriedade que ainda se possui, do que medir a dificuldade que se tem em dialogar/manter as aparências com as pessoas.

sábado, maio 20, 2006

1: Algo está espetacularmente errado quando se lê frases como as abaixo, na página principal da Folha:

Após série de ataques, IML de São Paulo fica superlotado

965 presos não voltam à prisão após Dia das Mães

2: A foto tirada pelo fotografo da Folha nesse link, ficou mui especial.

quarta-feira, maio 17, 2006

O ADVERSÁRIO EM TÓQUIO

Enfim definido o time que enfrentará o Internacional em dezembro no Japão, é o Barcelona de Ronaldinho, que venceu o Arsenal no jogo que acabou a uma hora atrás.

terça-feira, maio 02, 2006

MODO DE VIDA AUTO-DESTRUTIVO

Espero ter deixado de lado na noite de ontem.

UPLOAD

Estou fazendo nesse instante algumas transferências de imagens via linha discada para o meu sítio. Suponho que em instantes poderam ser encontradas novas fotinhos por lá.

quarta-feira, abril 26, 2006

NÃO ASSISTIREI

No inacreditável início da trama, a escritora Catherine Tramell (Stone) dirige um carro em alta velocidade enquanto um famoso jogador de futebol a masturba. No momento em que ela atinge o orgasmo, o carro cai em um rio; a escritora se salva, mas o jogador morre afogado. Por aí já dá para entender o espírito da coisa.

Ricardo Calil, sobre Instinto Selvagem 2.

quinta-feira, abril 13, 2006

VINDO DE UMA VOLTA COM CLEYTON E ALEMÂO

Impressionantemente vazio. Dotado de nada. Ainda cético quanto a esse caminho, percorreu-o por mais cerca de 1 hora. Farto e imerso num desespero mudo, pegou caminho diferente e uma outra rota.

segunda-feira, abril 10, 2006

JÁ VI ESSE FILME ANTES

Que coisa esse meu time, hein?
Não vou aqui dissertar acerca dos incontáveis equívocos do arremedo de treinador que o Internacional possui, não, esse post é só para dizer que o que sobrou de bom desse gre-nal foram as pipocas de microondas, o chimarrãozote amigo e a companhia do meu velho. O resto não conta.

quinta-feira, março 30, 2006

PHOTOS

Na tentativa de retomar o gosto por tirar fotos com a minha Sony W5, adquiri hoje de manhã o tão sonhado memory stick com 256mb de memória, que permitirá, enfim, que eu tire fotos e mais fotos sem me preocupar com espaço. Tento, sem sucesso até agora, parar de pensar nos problemas financeiros que isso pode acarretar para a minha conta corrente, essa que ainda não se recuperou do cheque sem fundo e de outros probleminhas ocorridos no mês que amanhã - thank God - se finda.

domingo, março 26, 2006

EM FRENTE

Ando mui distante de qualquer tipo de escrita, quem sabe como nunca antes desde que mantenho (ou tento manter) um blog. Causas? nada de novo, ou que não tenha ocorrido em outras situações, a diferença fundamental é que dessa vez, me abstive por completo de escrever algo seja aqui, seja em papel, seja num bloco de notas ouvindo música numa madrugada qualquer. Simplesmente não escrevo nada já faz meses. Menos mal, que o ritmo de leituras, se não anda num bom nível, ao menos continua andando.
Por aqui nada de novo no front, fora os planos que hão de sair do papel ainda no primeiro semestre, o emprego que será muito em breve deixado para outra persona, e a tentativa (mais uma) de dar uma trégua no horror que venho tocando no corpo, mandando ver no álcool e na fumaça em doses suficientes para me preocuparem. O resultado está sendo bom por enquanto. Retomei atividades físicas de forma surpreendente ao ponto de me coçar e comprar um nike de R$ 260,00, para minhas corridas, chutando duas parcelas no crédito do meu surrado visa. Já consigo (ou suponho conseguir) manter um equilíbrio emocional muito maior do que nos dias passados, e isso por si só, compensa de longe o prazer da ceva e seus afins. O que difere essa tentativa das frustradas tentativas anteriores é difícil de mencionar, mas há algo que a difere, e esse algo fará com que eu vá para cama daqui a pouco e consiga dormir tranqüilo e sereno. Ou o mais próximo disso que eu possa atingir. Hoje.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

QUEBRA LOGO

A Brasil Telecom encerrou 2005 com um prejuízo de R$ 30 milhões. No ano anterior, a operadora de telefonia havia apurado lucro de R$ 252 milhões. Só no quarto trimestre, o prejuízo atingiu R$ 119 milhões.

Bela notícia, retirada daqui.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

PASSIVIDADE

A escolha está ali, o tempo todo. A vida que tu tiver vai ser resultado das tuas escolhas. A verdadeira vítima é a que não escolhe. Ou aquela que"escolhe" ser carregada nas costas pelas circunstâncias. Nada digno, na minha opinião.

Daniel Galera; parágrafo antigo gravado em meu hd num já empoeirado txt.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

FINDADOS TODOS OS COMPROMISSOS ACADÊMICOS

Sim, após o inevitável estresse que envolveu a formatura em si e a posterior recepção aos convidados, o resultado aparenta ter sido bom. Bom o suficiente para me deixar satisfeito. Lamentavelmente meu sábado só iniciou-se após as 17hs, mas excetuando-se isso, ouso afirmar que o final de semana for perfeito.
Entre inúmeros presentes, Reparação de Ian McEwan e O Castelo, de Franz Kafka, faram com que eu me demore menos na net hoje.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

SEM DESCULPA

De hoje, em diante, chega.*

* Frase de interesse unicamente meu, posta aqui apenas para me fazer lembrar e, sobretudo, cobrar.

terça-feira, janeiro 10, 2006

CALOR

O dia mais quente que eu me lembro de ter vivido em minha cidade natal. Porto Alegre não conta.

Update - 19/01/06: putz,ando errando, hein? É óbvio que Porto Alegre não conta pois não é minha cidade natal, só quis dizer que lá, foi o ápice do calor em minha vida. Falando nisso, vai fazer um ano agora. Credo, tomara que eu não me lembre quando chegar a data.