FOI BOM, MAS AGORA CHEGA

Em campanha aberta pelo fim imediato de 2007.

JENS LEKMAN

Passei o dezembro ouvindo Jens Lekman. Night Falls Over Kortedala, seu último cd, é uma preciosidade como poucas surgidas nesse ano, e a faixa nº 7, Your arms around me, ressoa na minha cabeça nesse instante, após ter ouvido-a umas 3 ou 4 vezes no natal. E que talento tem o rapaz para nomes de canções. And I Remember Every Kiss, é prova disso.

O pessoal do Obscure Sound enche a bola do guri:
There is little doubt in my mind that Jens Lekman has the potential to become one of the greatest pop songwriters of our generation. With another impeccable album like Night Falls Over Kortedala under his belt, he is certainly on his way.

MAINARDI

Literatura é um prazer solitário. Esse tipo de coisa a gente só faz escondido, trancado no banheiro. Fazê-lo em público, na frente de milhões de leitores, é falta de educação.

Uma dentre as monossílabas frases que fazem parte da entrevista de Diogo Mainardi a encheção de saco que é esse Digestivo Cultural.

19 DE DEZEMBRO DE 2006

Completa-se um ano da magnífica empreitada que realizei acompanhado de Sam.
Um ano da recepção ao esquadrão vermelho, e do maior de todos os vídeos que minha antiga cyber-shot registrou:

"TODA FORÇA ADRIANO GABIRU, TODA FORÇA"

Ouvi isso ontem da boca de Cláudio Cabral, cidadão que mais conhece de futebol no Brasil, assim que Fernandão deixou o gramado e o negrinho franzino e atarracado que vestia a camisa de nº 16 do Internacional entrou em campo. Tudo em meio a um especial da rádio bandeirantes sobre a conquista: trechos da narração, dos comentários, das reportagens; nostalgia pura.
Não vou escrever linhas e linhas tratando da consagração de exatos um ano atrás. Choveriam clichês. Além do mais, há pessoas que fazem isso muito melhor.
Mas também não posso deixar a data passar batida.
Em conversas reservadas com um grande amigo colorado de sugestivo nome Günther, menciono que trata-se da maior conquista de um clube na história do futebol mundial. O simbolismo dela, o contexto, tudo que a envolve. Não um tapa de luva de pelica nos rivais. O soterramento completo de qualquer alicerce que os mantinham com algum traço de superioridade.
Ainda escreveremos um livro sobre isso, sempre digo a ele.

DOS SONHOS QUE NÃO SE ALMEJA

Como esquecer de determinadas pessoas se o que era pra ser uma noite de sono tranqüilo consegue ti transformar num rebuliço emocional só?

JAPÃO, UM ANO DEPOIS

Nós, que éramos seis e nos amávamos tanto, ficamos na expectativa de que, mesmo sem Riquelme, o time xeneize matenha o embalo de São Paulo e Inter e faça o crime no tão decantado time rossonero, do melhor jogador do mundo, ex-virgem e pastor Kaká, trazendo a taça pela terceira vez consecutiva para a nossa vizinhança.

Não possuo a ojeriza que o pessoal do Impedimento nutre pelo futebol europeu, não raro passo dias chuvosos de domingo vendo os campeonatos inglês, espanhol e italiano em seqüência, mas prevejo que será impossível deixar de torcer para o clube que mais feliz me fez ao longo desse ano.
Pelos 3 x 0 de Buenos Aires e pelos 0 x 2 de Porto Alegre, estou em dívida com o time argentino.

FRASES AQUI E ACOLÁ

Alguns trechos interessantes que acumulei num arquivo txt e que se perderiam não fosse a utilização/existência do blog.

Desde então nossas universidades, sustentadas pelo dinheiro público, despejam anualmente no mercado milhões de imbecis qualificados para a devoção ao Che, o consumo de drogas e o culto emocionado da sua própria superioridade moral, medida pela raiva assassina que sentem do restante da espécie humana. Nessas condições, a educação nacional, hoje em dia, só se distingue do crime organizado porque o crime é organizado.
Olavo.

Vocês que nunca se sentem superiores, seus modestos, seus demagogos, não sabem a decepção de viver imerso em bairrros e bairros d'imbecis, o desalento de ter que levantar e ir conversar com essa gente sobre o que quer que lhes interesse no momento, de ter que ir cursar uma faculdade planejada por e para essa gente, de ter que ir trabalhar entre essa gente e ir comer no bandejão com essa gente. E vocês não sabem disso porque vocês são essa gente. E nesse momento estão fazendo snif-snif para o que eu estou dizendo porque não acreditam que possa ser tão chato assim viver entre pessoas bacaninhas como vocês, ouvindo as suas músicas e tal.
Soares.

E abaixo um trecho que me fez lembrar de uma dúzia de pessoas, uma em especial na ocasião em que li. Tratava-se de uma publicação que continha inúmeras fotos da Rússia, algumas com descrições e pequenos comentários. A foto que continha o trechinho que segue, eu sinceramente não me lembro.

The Russians are a people in the highest degree polarized: they are a conglomeration of contradictions. One can be charmed by them, one can be disillusioned. The unexpected is always to be expected from them...

MUITO MAIS IMPORTANTE QUE O REBAIXAMENTO DO TIMÃO

O Everton, clube da Primeira Divisão do Campeonato Inglês, entrou na campanha contra o câncer nos testículos, doença que vem crescendo no Reino Unido. No último final de semana, um mascote da campanha contra a doença, Mr. Testicles ("Sr. Testículos”, em português), esteve no gramado do Goodison Park, estádio do clube em Liverpool, antes do jogo contra o Sunderland.

Retirado, inacreditavelmente, daqui.

DAS COINCIDÊNCIAS DA VIDA

Consigo dormir lá por volta das 4 e meia da manhã. Imensa duma insônia regada a pensamentos desagradáveis, mosquitos e um incessante rolar na cama. Desde às 7 e meia acordado, ao chegar no escritório ali pelas 8, me deparo com o texto abaixo num e-mail enviado pela Veja contando acerca da sua edição que chega as bancas hoje:

Como o sono afeta o intelecto e a memória
A ciência enfatiza que o sono é essencial à consolidação da memória e ao desempenho intelectual. Ele define até quais são os horários do dia mais favoráveis ao aprendizado.

ELA

A mulher mais certa de sua heterossexualidade teria um caso com a Monica Bellucci porque, hell, é a Monica Bellucci.

Frase da Ieda, tirada do blog dela da qual eu perdi o link, mas o copyright está devidamente assegurado.

MINHA FAMÍLIA AO LONGO DO ÚLTIMO FINAL DE SEMANA

O saldo da empreitada até o litoral no final de semana, maior pelo advento do feriadinho, foi fenomenal: consumo atroz de churrasco, estupendas caipirinhas, banhozinho de mar as avessas, dialogos preciosos, moderada e acentuada embriaguez, música full time e sol, muito sol. Sentirei saudades da sacadinha em que o astro rei me embalou durante três tardes seguidas.

Até novembro.

AS MEDIANAMENTE BELAS

Acho que é num filme de Eustache. Ela diz que lhe vai apresentar uma amiga. Uma amiga «bonita» e «com muitos amantes». Ele responde: as mulheres «com muitos amantes» nunca são «assim tão bonitas».
Ele tem razão. Nunca conheci uma mulher «assim tão bonita» que tivesse «muitos amantes». A chamada «promiscuidade» é apanágio das mulheres medianamente bonitas (e de algumas feias).
Já tenho notado essas raparigas «on the move». É visível que sentem grande desprezo pelas mulheres muito bonitas. Acham que as mulheres muito bonitas são puritanas e ingratas.
As mulheres «com muitos amantes» gostam da «facilidade». Anunciam aos ventos que estão «disponíveis». Empregam a palavra «foder» com grande liberalidade. Chamam «patéticos» aos homens com quem já foderam.
Há quem diga que são bonitas por terem «muitos amantes». Mas elas sabem que «não são assim tão bonitas».

Daqui.

DUZENTOS E UM

O post ali de baixo foi o de nº 200 do blog, que vai sofrer uma pausa por dois ou três meses. Antes que isso ocorra, se faz necessário publicar o parágrafo abaixo, escrito pelo Mojo, que em algum momento eu postei no finado nascoxa, meu site durante a fase adolescente da vida. Encontrei-o no meu hd na pastinha que é reservada a arquivos salvos no notepad.
É uma bela instrução, para ser usada sempre que possível.

Socializar de vez em quando é ok, mas tornar isso um hábito chega às raias da falha grave de caráter. Isso é algo que aprendi ainda pirralho, nas festas de aniversário a que me arrastavam. O roteiro era sempre muito previsível e deveras entediante: crianças brigando por comida, crianças brigando umas com as outras, adultos tentando animar crianças, adultos e crianças cantando parabéns, crianças brigando por brindes e assim por diante. Não demorou muito pra que eu desenvolvesse o hábito de procurar pelas enciclopédias da casa anfitriã o mais rápido que conseguisse. Tu cresce e as coisas não mudam. Ah, tu sai pra "viver", "ter experiências", "vivenciar situações"? Sei. Em primeiro lugar, entenda: as outras pessoas não são - mesmo - assim tão interessantes, e muito menos as situações que elas proporcionam. Por outro lado, uma boa parte das raras pessoas interessantes que viveram neste mundo miserável escreveram livros, e é a eles que se deve acorrer em busca de companhia relevante. Em segundo lugar, admita: as tais incursões pela "aventura" geralmente seguem um roteiro semelhante ao das festas infantis. Gente enchendo a cara, gente falando bobagem, gente usando drogas, gente fazendo merda, gente sacudindo a carcaça, gente vomitando, gente voltando pra casa num estado deplorável, gente acordando de ressaca e rindo entre si das mesmas coisas de sempre, como um grande clã de oligofrênicos. Uau. Tão edificante que me dá vontade de chorar. E é esse mesmo tipo de gente que vive dizendo que "não tem tempo" pra ler. Pois.

DAS COISAS ÍNTIMAS DA VIDA

Gastos desnecessários, tentativas fracassadas, mas parece que enfim a medicina conseguiu expurgar das minhas costas uma desagradavel sub-verruga. Uma pinta maior que as demais, uma cicatriz as avessas de coloridade da pele, que eu me alegro em pensar que foi embora.

MUAH

Dona Gobatto, a menina que termina suas conversas no msn com um beijo estalado que tem o som de um muah, que sempre me abre um sorriso rosto, resolveu acrescentar alguns contornos a sua tatuagem com canetinha preta. Ela me mandou o resultado e eu adorei. Sem perguntar pra ela resolvi publica-la aqui, já que é uma das pessoas que volta e meia passam por esse sítio, e como bom anfitrião, tenho de agradar minhas visitas.

PERDAS OU OS FINAIS DE SEMANA TEM SIDO CINZENTOS OU MERDAS ACONTECEM E UMA ACABOU DE ACONTECER

Acumulei inúmeros posts na minha cabeça ao longo da semana. Se foram, não me lembro mais sequer os assuntos, perdi todos por não ter tido ânimo para escrever.
E a pouco, perdi outra coisa. Essa de grande valor.

OLAVO AGAIN

Apresentei o linquezinho do sítio do Olavão para uma amiga:

LINHA DIRETA COM DEUS

...ninguém quer saber nada, brasileiro acha que tem linha direta com Deus. Deus inspira, Deus dá o conhecimento, todo mundo tem sabedoria infusa.

O mundo seria muito melhor se não tivesse tanta gente empenhada em melhorá-lo.

Superando-se semana à semana, o podcast do Olavão é segurança de diversão e esclarecimento toda terça-feira.

HOT DOG FROM HELL

O destino esperou um imenso tempo, esperou que eu fosse abatido por uma vontade absurda de comer um cachorro quente, para me fornecer a mais apurada analíse que eu ouvi de música sertaneja, no breve espaço de no máximo dois minutos em que fiquei aguardando pela confecção da minha tão aguardada refeição.
Naqueles dois minutos, soube que Cleyton e Ralph são melhores que não sei qual dupla, e que uma outra dupla da qual eu nunca tinha ouvido falar são muito afudê e cantam pra caralho.
Uns quinze minutos mais tarde constatei que devo permanecer distante de carrocinhas de cachorro quente pelo tempo que minha memória guardar na lembrança o quão ruinzinho tava esse último, que me custou quatro pila, foi intitulado pelo dono da carrocinha como "um completo" e que eu acabei de comer.

16/08/2006

Aguardava com ansiedade pelo que o Ceconello iria falar acerca de hoje, a exatos um ano atrás. Cobrei dele via e-mail alguma palavrinha sobre o 09.08.06, e ele me disse que eu deveria aguardar, pois só uma semana depois ele se pronunciaria. Sabia que sairia o melhor texto sobre a data, como de praxe acontece. Bom, tive minhas expectativas plenamente satisfeitas.

O jogo recomeçou. Lá pelas tantas, o São Paulo empatou, Tinga marcou e foi expulso, o ferrolho foi armado. Faltavam 20 desgraçados minutos. O São Paulo empatou de novo. E os oito minutos seguintes foram o maior desafio ao entendimento sobre o funcionamento dos relógios e do tic-tac dos ponteiros em todos os tempos. Todos vestíamos camisas 3 e 4, comemorando e nos aliviando até com arremessos laterais. E veio aquela seqüência de escanteios nascidos no inferno.

Pra mim, o 16 de agosto do ano passado representou o apíce da angustia em termos futebolísticos. Nenhuma partida foi ou será igual aquela e eu sei disso.
Assisti horrorizado ao jogo com meu irmão e meu pai a minha esquerda, cada um com um sofá a disposição e eu tendo me instalado numa cadeirinha no corredor da apertada salinha lá de casa, que havia dado sorte em todos os jogos da campanha. Ariel esteve presente apenas na primeira etapa, e eu ainda perdi os primeiros 10 minutos de partida. Terror mental sem precedentes.
A sequência de escanteios nos instantes finais que o Ceconello lembra ali em cima, ainda hoje, se emulada, me provoca arrepios, basta um pequeno exercício de memória e a lembrança vem a tona de forma arrebatatória.
Gosto das lembranças familiares dessa data, gosto de lembrar do apito final e o meu pai se levantando da poltrona, partindo em direção ao seu radinho de pilhas e indo pra garagem fumar o seu chanceller, depois de permanecer o segundo tempo inteiro sem uma única pitada; meu irmão indo pra frente de casa transtornado querendo tornar pública a sua alegria e eu indo lhe entregar uma lata de cerveja e uma bandeira do colorado, confeccionada com o mais miseravel dos materiais e que eu havia comprado no Inter 1 x 0 Palmeiras de 99. E eu, aliviado e num estado de consciência difícil de ser atingido novamente, me deixei levar, me permiti esquecer de todo resto, fui pra minha casa, aguardei Fernandão levantar a taça enquanto lia os jornais que haviam antecedido a data e que eu havia intencionalmente ficado distante, e ouvia alguma das rádios AM que transmitiam direto do Beira-Rio. Recebi a visita de Bijuja e sua menina, abracei-os, ouvimos juntos o hino do Inter no repeat do media player e admito que o resto da noite nem foi tudo isso, exagerei no trago, fiz coisas que não devia, mas fui inapelavelmente perdoado ali pelas 10 da manhã, quando acordei atrasado e de ressaca e fui até a tabacaria comprar o meu exemplar de Zero-Hora, que hoje está estampado numa das paredes lá de casa, e que em letras vermelhas continha a tão sonhada frase: A América é Vermelha.

O DIA DOS PAIS

Há mais tempo, cerca de cinco ou seis anos, me lembro nitidamente de estar caminhando numa calçada da Cabral e pensar com meus botões algo próximo de "o que eu preciso é amar alguma coisa incondicionalmente."
Ter um filho é como começar um namoro perfeito que nunca, nunca fica chato.

Marcelo Firpo, num post que só faz aumentar imensa e inacreditavelmente a vontade de possuir um agora. Já.
Mas pronto, passou.
Mas vai voltar.

UMA PAUSA PARA ALGUNS FILMES

I know that most DVDs have chapter stops. It is my opinion that a film is not like a book — it should not be broken up. It is a continuum and should be seen as such. Thank you for your understanding.

Ó o David Lynch dando a real sobre os como filmes devem ser assistidos. Faltou uma palavrinha acerca de pouca iluminação e silêncio, mas enfim, pausas em meio a exibição, por mais longo que o filme seja, só me fazem lamentar. Excetuando-se, é claro, quando a pausa se faz necessária por motivos ainda melhores que o mero ato de olhar para tela.

Trocando do diretor, caso a semana transcorra em boa forma, me permitirei assistir dois filmes do Richard Linklater. O último dele, A Scanner Darkly, e Waking Life, o único filme que vi duas vezes consecutivas na minha vida, uma maravilha da qual eu tenho receio em assistir e acabar por não gostar tanto quanto ali por volta de 2003. Ainda assim arriscarei.

09/08/2006

Há exatamente um ano, o hômi aí de cima realizava uma apoteótica apresentação no estádio do Morumbi, marcava dois gols, estabelecia a vantagem que se mostrou fundamental para uma semana após conquistar o sonhado título, e mandava pra casa, desolados, 70.000 são-paulinos.

NOITE AGITADA ONTEM

No dia em que verifico a delicia que é uma colherada de melagrião, que me certifico de que com o bico dosador do azeite galo é praticamente impossivel você se melecar ou deixar escorrer equivocadamente o óleo, que me servi de uma bizarríssima refeição, composta por doritos + azeite de oliva + patê, tudo isso por sobre um pão francês (= cacetinho) e que tive de fazer mão duma luva de musculação para conseguir abrir uma impressionantemente apertada garrafa de teem, resolvi abrir mão.
Abrir mão. Só não soube precisar exatamente até quando.

EXAMINANDO CADA PINTA

-E começamos a olhar um para a mão do outro cheios de volúpia. Uma volúpia de mãos, de braços, está entendendo? Testando cada articulação, examinando cada pinta. Você sabe como é, esse momento em que de uma hora para a outra você ganha acesso ao corpo da outra pessoa, que alegria, como se estivesse do lado de fora do portão de uma feira mundial de queijos, desses feitos de leite mesmo e não de sêmen de morcego, sabe, de leite de vaca, e de repente abrissem o portão e você pudesse ficar correndo de um lado pro outro na feira esbarrando nos queijos todos, pegando tudo na mão!

Quase desisti da leitura e não cheguei ao fim. Meu atual fetiche por pintas fez com que eu fosse em frente em meio a um que outro assalto do pensamento que invariavelmente me invadia em meio a leitura. Logo após o seu término, me deu uma imediata vontade de ler de novo todo o texto. Fazia alguns posts que o Soares não se puxava tanto. Vai lá e confere.

OUR LOVE TO ADMIRE

O título do post é o nome do novo albúm do Interpol, lançado a pouco mais de um mês.
Ouvi pela primeira vez dentro do carro em meio a pressa de chegar logo ao destino, e deve ser por isso que naquele instante não me despertou nenhuma boa impressão. Após algumas várias escutadas em meio a caminhadas casa/trabalho já posso emitir opinião contrária a minha primeira impressão.
Inferior, claro, ao mítico Turn on the bright lights. Tão bom quanto Antics. Grande banda.

Segue um link pra eles, cantando no Lettermann:
http://www.youtube.com/watch?v=dN9GaF-oUpg

SONINHA E A PETÊZADA

A vereadora de São Paulo, colunista da Folha e também comentarista da ESPN Brasil e por fim e muito, muito pior, parte integrante da canalha esquerdista sem fim que tomou conta do Brasil, faz a defesa do governo em imensos 9 posts. Tenta limpar a barra do Lula citando fatos que ela julga possuirem similaridades e que foram tratados de forma diferente pelo que ela deve chamar de "mídia má". O truque aquele, de insultar os outros do que você é. Constranjedor, lamentabilíssimo. Isso que a pouco mais de uma semana, a criatura dizia o quanto insignificantes haviam sido as vaias para Lula no Pan. E dê-lhe fazer a defesa do nosso farsante chefe de estado. Parece estar se especializando nisso.
Não assisto em ocasião alguma, e está cada vez mais claro de que nada, absolutamente nada proveniente da MTV é bom.

SEM TÍTULO

Na noite de quarta, muito bem acompanhado, fui ver o Pato jogar bola lá no campo da Padre Cacique. O jogo foi ruim, por mais que o resultado tenha sido extenso pró Inter, mas isso muito pouco importou. No meio da madrugada retornei e encontrei pouco mais de 5 automóveis ao longo de uma hora e meia de estrada.
Uma quarta-feira estranha pós desastre aéreo. Uma quarta-feira que deve ter sido estranha para todos.

AGORA VOU TRATAR DE TERMINAR DE LER DETETIVES SELVAGENS

Fui ler o que disseram alguns blogs de literatura do Brasil acerca do livro aí ao lado, de Bernardo de Carvalho, que acabei a leitura ontem a noite,
Me surpreendi que tenham gostado. Não gostei. Nem um pouco.
O Sol se Põe em São Paulo fará com que eu não retorne a literatura nacional ao menos até se findar a enorme fila de autores estrangeiros que possuo para ler lá em casa. Os melhores trechos são especificamente aquelas que dizem respeito a parte introdutória da história que o escritor se destina a contar nas suas pouco mais de 160 páginas. O término - uma carta que pretende ser a solução final para a história, a peça-chave para o bom entendimento de tudo que se leu até ali - soa sim como uma solução barata, muítissimo mal concebida e dum artificialismo sem tamanho.
Que o autor possua boa escrita e faça uso de uma prosa indiscutivelmente refinada, não se discute, mas essas qualidades não impediram a minha irritação após virar a última página. Irritação que eu tive de aplacar saindo de casa para correr, pela primeira vez desde a maratona, quando já se passavam das 11 da noite. Mas isso fica para outro post.

NÃO POSSO DEIXAR DE COMENTAR

O crème de la crème do ano. Assim foi o final de semana que teve fim ali pela 01h30min dessa madrugada, hora em que, de estomago semi-cheio duma exuberantissíssima pizza de atum regada a muito azeite de oliva, resolvi me entregar ao sono.
Haverá dificuldade em conciliar tamanhos prazeres como os que se prolongaram desde a noite de sexta-feira e foram sábado e domingo a dentro.

EI, LULA, VAI TOMÁ NO CU

Caso se lote o estádio com os clientes do BNDES (ainda que não haja tantos assim, é verdade...), Lula será aplaudido. Caso se lote o estádio com os clientes do Bolsa Família, Lula será aplaudido. O Maracanã assume a alma de quem o ocupa. Caso você lote o Maracanã com indivíduos donos de seu nariz, Lula será, como foi, vaiado.

Daqui.

BILL WATTERSON

There is not enough time to do all the nothing we want to do.

07/07/07 - II

Como permaneci boa parte do chuvoso, cinzento, modorrento e úmido domingo embaixo das cobertas, me concedendo horas de sono necessárissimas ao bom andamento do resto da semana, fiquei na madrugada desse domingo pra segunda até quase 3 e meia da manhã bem no meio da paisagem da foto abaixo, que me vi obrigado a tirar para que o momento fosse eternizado:


Chimarrão, bolacha Passatempo, fogo na lareira, temperatura inside de 15 graús enquanto outside não devia passar dos 5, um livro do Calvin que eu não conhecia sequer uma tira, sonzinho ambiente recheado de The Bravery, Broken Social Scene e outras maravilhas.
Melhor que isso, só mesmo se houvesse a loira de cabelos escorridos me acompanhando.

07/07/07

Que tal começar hoje aquela mudança em sua vida que você vem adiando? Não espere para ser feliz. Não adianta tentar fugir de seus problemas. Ninguém consegue. Esqueça deles por um dia. Depois aprenda o que tiver que aprender e os enfrente. Não se deixe abater. Acredite. Tenha energia. O mundo começará a mudar quando você mudar. Viver vale a pena.

Fiquei impressionado com o e-mail enviado pela passagem do meu aniversário pelo grupos.com.br. Não faço a menor idéia de como é que eles possuem o meu endereço, mas isso não importa, depois do que me enviaram, faço questão de estar na lista de spam deles.
É emblemática a passagem "Não adianta tentar fugir de seus problemas. Ninguém consegue". A julgar pela primeira madrugada com 25 anos nas costas, concordo inteiramente.

UM QUARTO DE VIDA

Estou a um dia de completar 25 anos. E o que dizer acerca disso?
Que eu queria ter lido, viajado, visto e feito muito mais coisas do que fiz até aqui. Que olhando pra trás, poderia facilmente criar um longo inventário de arrependimentos e desilusões, canastrices e pisadas na bola sem igual.
Mas que também, um sem número de coisas pra lá de bacanas me perseguiram ao longo desses anos recheados de dias.
Certo é, que ainda há tempo de sobra para fazer tudo que espero e sempre adio.
Saúde e seguimos em frente.

FIM DA ASSINATURA

E parece que para a minha mais grata felicidade, a RBS tratou de, enfim, parar de me mandar a Zero-Hora lá pra casa. Não bastou cancelar a assinatura, tive de sofrer com um mês de uma suposta remessa gratuita de jornais, que posteriormente vieram a ser cobrados pela maligna empresa dos judeuzinhos. De notícias do Brasil e do resto do globo, me satisfarei com as disponiveis na internet. Pretendo manter uma substancial distância desse tipo de veículo de comunicação.

NIKON D40

Após realizar a inesperada venda de minha cyber-shot para o srº Ariel, mais propriamente para a mãe do srº Ariel, me dispus a adquirir uma nova e reluzente câmera fotográfica.

Pesquisei horrores e depois de mais uma empreitada via Mercado-Livre, quinta passada chegou até as minhas mãos a Nikon D40, uma belezura só.

As fotos desse post foram tiradas com ela. Não consegui carrega-la para lugar algum, tem chovido, chego em casa quando já está noite e o final de semana passado tratei de me enclausurar em casa e me reservar aos prazeres do lar. Por isso minha principal modelo tem sido a lareirinha lá de casa.

FINDOU-SE

Poucos são os sites que frequento diariamente, um desses acabou hoje. O No Mínimo, alegando falta de patrocínio fecha o seu sítio, deixando uma imensa lacuna na internet brasileira, que não tem nenhum endereço sequer parecido ao que representava o já saudoso site.
Menos mal que alguns dos seus colunistas continuaram a tocar o barco na web em outros espaços. O Todo Prosa, por exemplo, já está de endereço novo.

Todos os colunistas escreveram uma espécie de carta de despedida, selecionei o parágrafo que segue abaixo, do Daniel Galera que escrevia o Jogatina.

No meu romance, há uma cena em que três amigos jogam Stunts, um jogo de corrida para PC. A vida de cada um deles está mudando e eles sabem que provavelmente não se verão mais a partir daquele dia. O que acontece na tela é uma metáfora do que acontece na vida dos guris: eles constróem uma pista tão difícil e complicada que é impossível completá-la, mesmo usando o melhor carro. A pista é a vida. É a despedida que eles não têm coragem de assumir em palavras.

THANK GOD

Hoje, exatamente um mês e um dia após a maratona de Porto Alegre, vejo reconstituídas as funções do meu joelho. Não, não creio que seja a frase mais indicada, é até meio sem nexo.
Denovo:
Hoje, exatamente um mês e um dia após a maratona de Porto Alegre, vejo reestabelecida as condições de uso do meu joelho direito. Não há mais aquele absolutamente lamentável desconforto que fez com que eu passasse um mês inteiro manquitolando e sem poder retornar as habituais corridinhas.
Uma maravilhosa notícia de final de semestre.
Falando em semestre, necessitarei de um imenso post para tratar sobre ele. Quem sabe ao longo desse final de semana consiga fazer isso.

CONVÍVIO

Não seja tão arrogante a ponto de achar que o convívio com gente baixa e pequena não afetará o seu nucleozinho de coisas bonitas. A higiene da mente é mais delicada que a higiene do corpo, e o espírito é um bicho indolente e traiçoeiro, amofina e anestesia-se com a maior facilidade.
Tome cuidado para que o contraste não alimente sua vaidade em demasia. Estar cercado de imbecis pode fazer com que você sinta que é Goethe, mas você não é, não. Não se contente em saber um pouquinho mais, em ter um pouquinho mais de bom-gosto. Cercar-se de analfabetos musicais não vai te ensinar a compôr uma sinfonia.

Novamente: aprenda a ficar em casa ouvindo Haydn e lendo Goethe.

Daqui.

UMA ÚLTIMA ANÁLISE

A derrota do Inter ontem foi a constatação de que a semana havia começado. Tivesse ocorrido no sábado, ainda durante a semana que inicou no domingo anterior, seguramente a partida não terminaria com os 2 à 0 tricolores. A semana passada não se privaria do fato de ter sido pra lá de especial nos mais variados aspectos que tangem mi vida, e não admitiria um revés em jogo tão celebrado por toda população do RS.
E esse foi o último post sobre futebol. Ao menos até quase o fim do ano, pois em dezembro, com o fim do Brasileirão, ficará difícil não comentar a mui provável péssima campanha colorada na competição. Depois de aventuras futebolísticas mil nesse 1º semestre, torcendo e secando, mais xingando do que elogiando, darei uma trégua ao assunto.

PÓS QUARTA

Ontem estava sequelado demais da ingestão absurda de vinho ao longo de Grêmio x Boca, jogo que eu e Bija acompanhamos com especial atenção.
Hoje não nutro muita vontade de escrever um texto, conforme havia prometido, sobre o Vice-campeão.
Só que não posso deixar de agradecer pela fabulosa noite de quarta que o arqui-rival nos presenteou. Eu e Bija nos divertimos demais. Tá certo que a apreensão e angustia eram imensos até o término do 1º tempo. Riquelme fez com que essas sensações partissem e a alegria se instaurasse. A ressaca de ontem foi mais que justificada e Gabiru, denovo, tocou pras redes.

VINHO ARGENTINO PARA CELEBRAR

Não tenho falado de futebol a tempos por aqui. Prometo para amanhã revelações, pois hoje, é dia da soberba, da empáfia e de toda aquela imensa gama de caracteristicas do lamentável arqui-rival serem engolidas goela abaixa.
De outra forma e por outros meios, o Gabiru vai hoje a noite repetir o seu gol contra o Barça. E domingo tem gre-nal, a pá de cal, e rapidamente as camisas de três cores desaparecerão, levando junto consigo o que eu falei ali em cima; a soberba, a empáfia e os incontáveis etecéteras.

BORAT

"que daqui a mil anos, nem um lagarto viva no Iraque".

Pra min, foi essa a mais engraçada passagem do filme. Não gostei ao ponto de recomendar, me frustei pois aguardava por outra experiência ao assisti-lo. Típico filme para ver pós-fumetagem. Como não foi o caso, um pequeno bocado de frustração.

ON CHESIL BEACH

Antes que a tensão exploda em um clímax desolador, McEwan faz, mais uma vez, o que quer com a arte da ficção realista, misturando pesquisa histórica e monólogo interior, atmosfera de época e acuidade psicológica, forma e fundo, com uma elegância clássica e um virtuosismo que parecem querer não apenas desmentir, mas ridicularizar os arautos do “fim do romance”.

O Sérgio Rodrigues consegue magistralmente falar acerca do poderio literário de Mr. Ian McEwan, que teve seu último romance, Na Praia, lançado no Brasil na última semana. Não sei se tão irei ler esse livro, visto que lá em casa há uma incandescente fila de livros a serem lidos, mas a gratidão que nutro pelo escritor inglês, me faz postar os elogios acima.

POSTS REUNIDOS

Os paragrafos abaixo teriam sido postados ao longo da semana, não fosse a impossibilidade de conexão à internet desde que comecei a mais exaustiva mudança de que minha casa já teve notícia. Ainda agora, quase 14h de domingo, 3 de Junho de 2007, ela não conclui-se. Coisas fora do lugar para onde quer que se olhe, mas ao menos o calor da lareira já é sentido aqui onde estou.

Que época difícil tornou-se a atualidade colorada. Assisti ontem a uma das mais absurdas atuações a que o Inter se submeteu. Abdicação irresoluta do ataque ao longo de todo o segundo tempo. Inacreditavelmente ainda vivos, prometo ida ao Bêra caso o destino colabore ao longo dA Semana.

O melhor lugar do mundo, ainda melhor. Adquiri uma lareira. Instalação prometida para amanhã se o tempo ajudar. Consumo de vinho deve aumentar, junto da minha colaboração com o degradamento da Terra queimando lenha e levantando fumaça.

Li inumeras tiras do Calvin agora a pouco. Durante a semana descobri um site que possui muitos livros dele para download. Nenhuma tira se equivale, é a constatação que já tinha, e tratei de alimentar. Bill Watterson é um gênio.

Suponho que apartir de amanhã inicie a chegada de uma grande remessa de livros. São cinco, e fazem parte do meu mais recente surto de aquisições literárias. A frequencia dos surtos está sendo tão frequente, que livros se empilham para a leitura, clamam por ela e eu adio, adio e adio. Com a chegada de um Will Self, um Foster Wallace, um Mario Benedetti, um Bernardo Carvalho e um Julian Barnes, esse clamor seja substituido por votos de boa leitura.

LAS PREGUNTAS

AINDA A MARATONA

Passei pela última curva e consegui visualizar a linha de Chegada. O som da vibração do público se misturou com os pensamentos que vinham à minha mente. Depois de correr 42.195 metros em 3 horas, 59 minutos e 45 segundos eu chegava, enfim, a uma nova dimensão em minha vida. A maratona estava vencida. Um sonho estava realizado. Meses de dura preparação tinham valido a pena. Pude extravasar nesse momento toda a emoção represada nas últimas semanas. Sentimento que estava presente em cada corredor que chegava. A área de dispersão era uma região de lágrimas, abraços efusivos e muita alegria pela vitória. Todos exibiam orgulhosos a medalha no peito. Cada um com sua história pessoal de superação. Todos vencedores!

O André Domingues, colunista da Veja, que também correu pela 1ª vez uma maratona, e escolheu a prova de Porto Alegre para isso, é o dono do paragrafo acima.

Não caiu ainda a ficha do que foi o último final de semana na capital do RS. Minhas pernas ainda doem, o joelho vai melhorando da sua enfermidade muito aos poucos, e não tenho condições ainda de voltar a correr. O que impressiona é a vontade que se tem de fazer tudo de novo, disputar outra maratona, em outro lugar e bem melhor preparado fisicamente. Vou consultar no Google para ver se encontro uma prova em Santa Catarina no segundo semestre. Floripa seria o lugar perfeito para uma segunda experiência.

A CHEGADA

Eis o link: http://www.youtube.com/watch?v=Ys1uKFhXLz0

E abaixo a desoladora resposta do Corpa:

corpa Tue, May 29, 2007 at 9:42 AM
To: leandro rizzi dos santos

Leandro, o Chip estava no Tenis?

Obrigado

CORPA

FEITO O CARRETO

E não é que eu consegui?
Completei a maratona. E essa é a grande notícia.
As cãimbras absurdas que tomaram a minha panturrilha direita a partir do km 32, a dor no joelho que esteve presente o tempo inteiro, mas que se intensificou exuberantemente a partir do km 35, a dor brutal que se apossou do solado dos pés também por volta do km 30, o fato de eu mau conseguir caminhar hoje e a possibilidade de eu ter arrasado com o meu joelho direito não deveriam nem sequer serem citadas. São coadjuvantes na história toda. O que fica é a última semana de frequentes idas a fisioterapeuta, as injeções no traseiro, os treinos que não foram seguidos a risca, mas que ainda assim mostraram-se fundamentais para a concretização do trajeto. O caminho trilhado, enfim, é o que fica dessa jornada que iniciou a dois, três meses atrás; a participação e a consequente chegada até o final da maratona de Porto Alegre.

Não posso deixar de citar aqui a companhia que me foi feita ao longo do sábado e domingo por Niena, que correu a maratona também, conseguindo o feito em 4h33min, e Jungles, que foi o grande cinegrafista da minha chegada, em um vídeo que segue hoje mesmo para o you tube (amanhã posto o link).

Como não poderia ser diferente, o aspecto irônico das 4h e 50 e poucos minutos que passei para correr os 42km, foi que por ter carregado o chip no bolso do short, enquanto deveria ter amarrado ele nos cadarços do tênis, meus tempos não foram marcados em nenhuma passagem da prova. Meu nome não consta nem sequer na lista de participantes da maratona. Típico erro da 1ª prova em que se participa.

Participarei de outras maratonas, sem dúvida nenhuma. O clima de uma confraternização dessas não permite que você não volte mais, por pior que seja a tarefa.
Mas na próxima vez, menos verde, irei melhor preparado fisicamente e com o chip envolto em meus cadarços.

SITUAÇÃO ATUAL - SEXTA

Os dias úteis da semana findam-se e o joelho direito aparenta ter se recuperado num percentual inferior a 20%. Hoje a tarde mais acunpuntura e mais pomadinha. Amanhã de manhã, antes de partir, a esperança-mór: a benzedeira.
Ainda assim estarei na capital no domingo. Irei largar. Tenho dúvidas se irei chegar. Se chegar, carnaval a próxima semana inteira.

SITUAÇÃO ATUAL - QUINTA

A dor diminuiu sua intensidade em 10, vá lá 15%, o que ainda me preocupa e emburrece. Ainda há tempo para melhoras, ainda é quinta, mas se o ritmo de recuperação for lento dessa forma, minhas condições domingo serão ruins. Amanhã tenho mais fisioterapia/acumpuntura e já consegui uma benzedeira pro santo joelho. São as minhas armas.

Trocando de assunto, segue abaixo um trecho duma conversa do Michel Laub no Paiol Literário do site Rascunho. Jamais o li, mas as palavras que seguem devem despertar-me a vontade.

Mas também acho que a literatura - não estou falando de livros e idéias, mas de ficção e poesia - tem muito pouca conseqüência no mundo em que a gente vive. Isso no sentido coletivo, de mudar a maneira como as pessoas pensam e se comportam coletivamente. É claro que, em um sentido individual, a literatura é muito importante. Não só porque muitos livros mudam a maneira como pensamos. Não tenho dúvida de que boa parte da minha vida é pautada pelas coisas que li. Mas também porque a literatura - para quem escreve ou é um leitor regular - acaba se transformando numa espécie de convenção, que faz com que a vida dessas pessoas seja outra. Uma vida diferente da que teriam se não houvesse a literatura. Elas passam a fazer parte do mundo literário, passam a ter referências literárias. A maneira como pensam e falam, muitas vezes, traz ecos das coisas que leram. A literatura é a grande matriz das idéias que elas têm no seu dia-a-dia.

SITUAÇÃO ATUAL - QUARTA

Ida a fisioterapeuta ontem a noite, seguida de acupuntura, pomada e gelo. Dor diminuiu em proporções bem menores do que as que eram por min aguardadas.
Fé, parece ser tudo que me resta.

Abaixo, segue um precioso trecho do Ceconello, que por algum motivo me fez lembrar de um Atlético PR x Inter, acho que em 2001, um jogo sobrenatural onde o colorado venceu por 2 à 1 e eu perdi meu walkman em plena Três Coroas, num acampamento junto de amigos e supostas namoradas, consumido por uma comemoração eufórica e leviana, superdimensionada pelo consumo dos mesmos produtos mencionados pelo nosso amigo abaixo:

O companheiro da anfitriã tinha sotaque forte de porto-alegrense e gostava de reggae. Mais não preciso dizer. Entre o papo furado e a feitura do almoço, aparece o indefectível tijolinho do capeta. Tem início o ritual de preparo do artefato maconhístico. Não demora para o usuário chegar no MICRO SYSTEM e sacar da mochila o Legend.

- Baahh, vamos escutar um Bob -, diz o malandro.
- Odeio reggae -, responde uma interlocutora, que, de fato, não suporta um som rasta.
- Tu não gosta de Bob?! Bahh, mina, que palha.

Mas ali ficamos, ainda felizes, com Buffalo Soldier comandando as ações. A bomba ficou pronta. Embora já conhecesse meus limites e reações quando estes são ultrapassados, também não sou de fazer desfeita aos donos da casa. E, como não queria ficar deslocado da espiritualidade do momento, não me restou qualquer outra saída.

Um aparte: já tenho idade suficiente para ter descoberto que minha droga é o álcool. Tudo mais me transtorna profundamente. Mesmo com o ORÉGANO, sempre fui extremamente fraco e suscetível aos efeitos. Bobeira pouca é bobagem. Com o IOGURTE não, geralmente me deixa com a vida transparecendo nos olhos e nos POROS, aberto ao mais fraterno convívio. Por isso, hoje rendo preces apenas ao DEUS CANECO.

SITUAÇÃO ATUAL - TERÇA

Mesmo com o joelho direito emitindo claros sinais de desconforto, fiz 10km ontem a noite. Resultado: o desconforto duplicou de intensidade e todo e qualquer treino está suspenso. Ontem a noite mesmo já recebi cuidados médicos de minha tia, que manja do negócio, e logo mais volto pra casa afim de mais pomada, comprimido e gelo.
Pensando bem, não poderia ser diferente.

SITUAÇÃO ATUAL - SEGUNDA

Dor em ambas as panturrilhas e um desconforto no joelho direito que ainda não permitiu que eu sorrisse nessa segunda, por mais cedo que o dia esteja.

CORRIDAS, NBA E O INTER

Uma dor no joelho direito é o primeiro sinal de desconforto que o meu corpo dá depois de uns 30km percorridos em menos de 24 horas. Os treinamentos continuaram na segunda, terça, quarta e terminam na quinta. Sexta e sábado vou tirar para algo próximo do descanso máximo. Domingo demanhã tenho de ter pique para inaceitáveis 42km. Algo me diz que mesmo tendo cumprido com absolutamente nada do que anteriormente havia proposto, eu conseguirei.

Hoje a tarde, minado pelo cansaço, assisti a Atlético PR vs. Internacional. Lamentavelmente a direção colorada ainda permite que os seus treinadores lancem mão de escalações absurdas, que comprometem com toda e qualquer esperança de sucesso. Foi Abel veio Galo e a merda permanece inalterada. Titi e Maycon são pra lá de reservas. Ambos foram peça-chave na derrota. O mais incrivel de tudo é que Maycon deixou Vargas no banco, isso, sob as barbas da direção de futebol do Inter, que vê, consente, e permite que absurdos como esse ocorram. Já consigo antever o ano inteirinho indo pelo ralo.

E abaixo um post de terça-feira, que por motivos de forças maiores, não pode ser postado na data correta, mas que foi salvo a tempo num bloco de notas do pc. Sobre ele, cabe dizer que o Spurs venceu o Suns na série por 4 à 2 e pega o Utah Jazz amanhã a tarde. Assistirei.

Reunia, sei lá por que, um preconceito para com o atual basquete americano. Algo me cheirava mal na NBA hoje. E todo esse meu preconceito virou agua depois de ontem.
Dormi menos do que o meu corpo requeria apenas para acompanhar até o fim Spurs vs. Suns. Nenhuma dúvida quanto a esse ter sido o melhor jogo que já assisti desse esporte. O Suns venceu, atuações soberbas de - possíveis erros de digitação a parte - Stoudemire e Nash pelo Phoenix e Duncan e Parker pelo San Antonio.
Série empatada em 2 à 2, e amanhã e sexta tem mais e são nessas situações que a mensalidade da TV a cabo se paga fácil.

POEMA

Tenho ciúme de quem não te conhece ainda e, cedo ou tarde, te verá, pálida e linda, pela primeira vez!

Guilherme de Almeida

SEM TÍTULO

Enquanto aguardo pelo shuffle tocar Science of Silence, do Ashcroft, vou digitando algumas palavras.

Poucas vezes a estratégia de pensar com antecipação em determinada coisa ruim, para posteriormente sofrer menos se a mesma acabar por ocorrer, deve ter sido utilizada de forma
tão eficaz como agora a pouco, comigo mesmo. Se bem que não deveria afirmar nada hoje. Enfim. Aproveito para chamar num control + c control + v pra cima duma frase do Cardoso:

Antes tarde do que nunca, não é o que dizem? Pois é o que agora eu sei. E soube, por sorte, em tempo suficiente para mudar algumas coisas.
Outras, não.

Grande.

E é com Feist tocando The Onliest que vejo que o meu sofá nunca havia ficado tão solitário como nesse exato instante. Pronto, já passou. A música mudou. Continuo aguardando Science of Silence.
Segue abaixo a imagem do meu setlist de agora. Um espetáculo. Digno da importância da noite.

MEUS MAIS PROFUNDOS AGRADECIMENTOS

Adriano Gabiru em chamas no sem precedentes 17 do 12 de 2006.

De coadjuvante ingrato a personagem principal do mais triste dia da história gremista. Vai lá Gabiru, perdão pelos inúmeros xingamentos da minha parte, mas você mereceu e sabe disso. E claro, volte sempre. Não para jogar, não, volta para comemorar conosco as lembranças daquele dia e para inaugurar o teu futuro busto.

LEÃO

Contrariando todas as previsões, acaba de ser concluída o envio da minha declaração de imposto de renda via internet. Mesmo deixada para o último dia, eu ainda assim obtive sucesso na empreitada. Como disse, contrariando todas as previsões, eu me lembrei de fazer e fiz a tempo.
Esse belo abril dá mostras de que termina bem.

FALTANDO UM MÊS

Com a maratona se aproximando, meu bode-espiatório-mór para a imediata redução no consumo de porcarias e distancia do sub-sedentarismo que me assolam, respectivamente, sei lá quanto tempo e 3 imensos meses, vou enfim, a partir de segunda, descansar do rebuliço que tornei minha vida já faz um enorme tempo, mas que se acentuou drasticamente de fevereiro pra cá. A velha auto-destruição, fuga para quase 100% das coisas.
Minha casa já se tornou a semanas no melhor lugar do mundo - a compra do microondas apenas ratificou isso, então, vou ficar horas a mais nela. Tenho ali pela centésima página, um pouco mais, Detetives Selvagens, acabado de adquirir junto com outros dois excelentes títulos, na melhor loja da internet brasileira, disparada: Americanas. Parâmetro total. Minha casa e a loja.

SE EU PEGO ESSA VAGABUNDA DE JEITO ELA VAI VER O QUE É BOM PRA TOSSE

Muito engraçado o Soares Silva prevendo como será o seu comportamento perante as amigas das netas quando for velho:

Um segundo antes estava reclamando de alguma coisa, mas agora sou todo sorriso. "Mas já vai tão cedo? Assim me parte o coração!", direi. "Ah, o senhor que partiu meu coração, seu Alexandre! Vou embora antes que eu faça uma loucura!" E a ouvirei dizer para a minha neta, enquanto saem para o jardim: "Seu avô é uma gracinha!" E olho para a parte de trás dos seus jeans, ou o que quer que as jovens usem em 2058, e quase que o meu olho de vidro salta pra fora.
Assim que ela sair minha fachada galante desmoronará junto com a minha postura, e terei um esgar realmente repugnante de luxúria senil. "Ai se eu pego essa vagabunda de jeito!" Minha família, chocada: "Ai, vovô, que feio!" A empregada rindo.
A essa altura estarei babando, tendo tiques de desejo desesperado, desesperado, a dentadura meio escapulida da boca, não mais uma gracinha de avô. "Se eu pego essa vagabunda de jeito ela vai ver o que é bom pra tosse". "Ai, vô. Que papelão, viu?"

DESPEDIDA

O Douglas acaba de, mais uma vez, descrever da melhor forma um sentimento que deve ser reciproco na grande parcela de colorados que acompanharam o time nas mais penosas jornadas:

De alguma forma - não sei exatamente por que - sempre serei grato a Abel Braga. Talvez por tê-lo visto jogando-se de pança sobre Clemer após a classificação contra a Liga de Quito. Talvez por nos proporcionar fotos como a que ilustra o post. De repente, por uma empatia que se manifestou em algo como: "nós vivemos juntos o inferno desde 1989 e agora tudo ficou tão doce". Sei lá. No fundo, tenho vontade de tomar um trago com ele, FALAR DA VIDA, coisas assim.
Vá pela sombra, Abel. Tu é louco, mas é gente boa.

TRECHO PROMETIDO A MESES E SÓ AGORA POSTADO

Paciência, tudo indica que ela não ligará, talvez por uma razão ou outra não lhe tenha sido possível, mas irá ao concerto, regressarão os dois no mesmo táxi como aconteceu depois do outro concerto, e, quando aqui chegarem, ele convida-la-á a entrar, e então poderão conversar tranqüilamente, ela dar-lhe-á finalmente a ansiada carta e depois ambos acharão muita graça aos exagerados elogios que ela, arrastada pelo entusiasmo artístico, havia escrito após o ensaio em que ele não a tinha visto, e ele dirá que não é nenhum Rostropovitch, e ela dirá sabe-se lá o que o futuro lhe reserva, e quando já irem a ir por um lado e os pensamentos por outro, então se verá se algo poderá suceder que valha a pena recordar quando formos velhos.

José Saramago, em Intermitências da Morte.

O QUE ANDA TOCANDO NO IPOD

Meus minutos de caminhada até o trabalho nessa segunda tiveram como soundtrack uma menina até então desconhecida dos meus ouvidos, Keren Ann. Letras em inglês e francês, voz sussurada, vocal feminino, uma semelhança com outra maravilha em termos de mulher empunhando um microfone, Feist. Enfim, tudo para ser o som dos meus próximos dias.

PRECEITO FOR EVERYTHING

Recomeçar, do zero.

Ouvi isso há uns meses atrás da boca d'A Morena, e acho aplicado a tudo na vida.
Dar um reset na máquina = imprescindível.

É SÉRIO

Vindo de um divertidíssimo final de semana, com ingredientes que foram do maravilhoso último filme do Woody Allen, Scoop, com a maravilhosa Scarlett Johansson, ao supremo sushi na noite de sexta, e que culminou com o aniversário do gerivá-mór, Cley, e sendo o dia de hoje a celebração pelo aniversário do meu pai, resolvo dar um grandioso presente para min mesmo; uma pausa no maior período de minha vida em que me dediquei com especial atenção ao consumo acentuadíssimo de alcool e outras similares porcarias.
Devo estar no bagaço total. Não sei o que é exercícios há meses, e por dentro, suponho, meu corpo deve estar já há dias pedindo trégua das bebedeiras e do sedentarismo.

Tudo isso por quê?
Muitos motivos, centenas, mas fundamentalmente, uma meta.

FALÊNCIA TOTAL

Na era internet, de longe uma das mais impactantes notícias que já acompanhei.

SEDUZIR SEMPRE

Um dos pressupostos de qualquer namoro, enrosco ou casamento, afinal, é o de que a co-contratante “é sua”, pelo menos no sentido de que o relacionamento confere certos direitos de acesso que não se aplicariam automaticamente caso ele não existisse.

Alguns anos se passaram desde que concluímos a edição final do nosso namoro, e esse é um dos assuntos sobre o qual minha opinião não mudou nem um pouquinho. De vez em quando me pego imaginando se ela continua a exigir do marido ou similar nacionar o mesmo esforço de conquista que exigia de mim. (Provavelmente sim, já que ela era tão teimosa quanto eu.) Imagino, também, por que esforços de sedução cujo teor de espontaneidade se assemelha ao de um ator agradecendo à mamma no discurso do Oscar deveriam ser considerados mais reconfortantes ou atraentes do que um “vem-cá-minha-nêga” honesto, e continuo a entender bulhufas sobre o assunto.

Trechos de um certeiríssimo post do sempre mui bueno Filthy. Benzadeus, como é desgastante ter de conquistar, dia após dia, a mesma pessoa.

MERCOSUL

Após um atraso de 3 horas na saída do vôo, retornei na madrugada de ontem da volta que realizei ao lado do Mestre pela latino américa.
Uma ida de bus ao Uruguay, com estadia de dois dias em Montevideo seguida de uma banda até Colonia do Sacramento e culminando com a travessia do Rio da Prata de barco para desembarcar, enfim, em mi Buenos Aires querido.
Vou me abster de confeccionar um post longo - tenho de sair imediatamente para comprar uma lamparina para as leituras noturnas que hão de ser retomadas - mas os jogos de futebol, as cervejas de um litro, as conversas inusitadíssimas em espanhol deficitário, os hotéis bizarros, os pores do sol, as prainhas, as caminhadas imensas que culminaram em imensas desbravações das cidades, o nosso anfitrião e suas nem sempre corretas informações, as parrilas e os panchos, enfim, tudo o mais fizeram desses 10 dias algo próximo do supremo. Superação total das expectativas e a idéia concreta de que B. Aires é sim um lugar supimpa para se morar.
Amanhã entrarão fotinhas no Flickr. São muitas e são qualquer coisa de fantásticas.

PONDO TUDO NO SEU DEVIDO LUGAR

Pato, depois de fazer o terceiro e mais bonito gol da noite, mostrando que é só dar tempo ao tempo: tudo no fim das contas se encaixa.

NÃO TENHO DORMIDO MAL, TENHO APENAS MAL DORMIDO

Definitivamente não tenho sorte nos meses de janeiro e fevereiro. É uma sina. Um carma anual, que tem sido mais frequente ainda nos anos mais recentes.
Menos mal, que hoje é o último dia de fevereiro, menos mal que esse arremedo de mês possui apenas 28 dias, menos mal que a partir da meia noite será março.

Mas nem tudo é joio, quando o menino de La Plata, meu futuro anfitrião, escreve um e-mail com frases desse naipe:

Só falta me dizer que convenceu o Hanel, coisa que nenhum ser humano de meu conhecimento conseguiu, nesse caso teria um orgasmo.

Eu tou meio complicado com os tempos, mas da uma olhada em albergues ou onde tu quiser ficar, viadutos que estão em promoção aqui, ou mesmo no meio da praça junto aos teus amigos POBRES haha, quando achar alguma coisa que parece ser interessante me manda site telefone que eu agilizo...

HÁ EXATA UMA SEMANA EU VIA O SOL PELA ÚLTIMA VEZ

Assisto pela janela do escritório a cerração tomando as cachopas das arvóres e invadindo a cidade. Já é necessário acender a luz, pois a escuridão tomou conta e a chuva parece iminente. Faz uma semana que isso se repete, às vezes pior, às vezes horripilantemente pior.
Ontem decidi que a ordem a ser seguida até a iminente visita a capital argentina nos primeiros dias de março é afundar. Afundar para posterior e imediatamente emergir. Nenhum plano me parece tão alentador e reconfortante. Então assim será.
E os primeiros pingos já deram as caras.

SÓ A LAMENTAR

Passado um carnaval que, pelos seus desdobramentos e especificamente pelo seu final, não será esquecido, inicia-se, de fato, o ano.

VOLTANDO AOS POUCOS

Depois de uns dias passados no litoral do RS e também no litoral de SC, ver o terreno lá de casa ser devidamente protegido por uma cerca e um portão, ter um surto de assar churrascos individuais dia sim dia não na menor churrasqueira que eu já vi, e que tratei de "pegar emprestado" do meu pai. Falando nisso, foi ele o personagem que me acompanhou ao longo da peregrinação ao Estado vizinho para salgar-se um pouco nas limpas águas da Gambôa e de Garopaba, a primeira; um paraíso de praia com tudo aquilo (ou melhor, sem nada daquilo) que tornam as praias do litoral gaúcho locais para se manter bem distante, a segunda; uma bélissima cidade, lamentavelmente tomada por uma quantia grande demais de pessoas, o que acaba por estragar com tudo. Passei ainda por Rainha Dél Mar, reduto dA Morena, e tive uma divertidíssima noite na última sexta, que resultou em gargalhadas mil ao lado de Jungles do Tevote.
Disso tudo, sobraram as lembranças e as muitas fotos tiradas. Finalizo o post com a promessa de logo inseri-las por aqui.

A ARROGÂNCIA ALHEIA

Nunca entendi muito bem quem reclama da arrogância alheia. Nem a de Francis, nem a de Muhammad Ali, nem a de Nabokov ou de qualquer outro. Para quem tem uma dose saudável de arrogância, a arrogância alheia é pelo menos uma garantia de que essa pessoa não vai agarrar você pela lapela, chorando e gritando que não passa de um bosta, um bosta, está ouvindo?

Soares Silva.

É JANEIRO, MAS O FINAL DE SEMANA FOI DE CHUVA E FRIO

Não fosse a lamentável dor de cabeça do sábdo a noite, o final de semana teria sido uma maravilha. Levando em consideração o fato de que a chuva e o frio que não deram trégua ao longo do sábado e domingo impediriam a realização de qualquer atividade fora de casa, permaneci na minha residência e na de meus pais 90% do tempo, saindo dali apenas para assistir Os Infiltrados e ir bater uma bola com a gurizada no Winning Eleven do PS2.
Sobre o filme, cabe destaque para as atuações soberbas de Di Caprio e Jack Nicholson. Minha atual mania, de se apaixonar por atrizes de cinema continua, dessa vez a psicologa do filme (da qual não me recordo o nome) me fez esquecer um pouco Eva Green do Cassino Royale, o filmaço que vi semana passada.
Houveram também os jogos das semi-finais da NFL, e sobre a dor de cabeça que citei lá em cima, a culpada mór por essa enfermidade foi a leitura de um terço de Cinzas do Norte, de Milton Hatoum. Absurdo de bom.

SARAMAGO

Após ler de forma pra lá de intercalada durante meses, acabei Intermitências da Morte, livrinho de pouco mais de 200 páginas dum cidadão a qual devo muito o empurrão que ele, junto de Kafka, McEwan e Salinger, me deram para junto da literatura, algo que me era pra lá de distante até os 17, 18 anos.
Esse deve ser o quinto livro dele que leio, e também o seu pior, ou menos bom. Ainda sinto arrepios de ler determinadas passagens que fiz questão de digitar num arquivo txt de "A Caverna", uma das mais grandiosas obras dele. Dessa vez, grandiosa foi a tarefa de chegar até o fim do livro. A sua exuberante escrita ainda está pra lá de afinada, as páginas finais são boas, tenho de reconhecer, mas algo se perdeu desde que tive contato com "Evangelho Segundo J. Cristo", "Todos os Nomes" e do já citado "A Caverna". A maravilha dessas obras me tornou exigente com ele, e o livro que findei a leitura ontem ficou pra lá de aquém dessa exigência.
E ante-ontem, parcelei no Visa algumas aquisições supimpas na Fnac. Terei boa leitura de sobra nesse ínicio de 2007.

RECEPÇÃO

Enfim o vídeo da chegada do Campeão do Mundo.
Eu e Sam numa quente segunda-feira de dezembro, onde o atraso foi o personagem principal:
http://www.youtube.com/watch?v=4x0k601cZDk

2007: UMA NOVA CHANCE

2006 acabou e nenhuma lista de "melhores do ano" eu me dispus a criar. Li, ouvi e vi coisas boas ao longo do ano, mas me dediquei especialmente a habitos pouco engrandecedores, os quais desejo ter deixado pra trás, definitivamente.
Retornei ontem duma empreitada ao litoral gaúcho, daqui a pouco vou pagar uma conta atrasada da minha poltrona, e espero a tardinha, se o tempo colaborar, mandar ver numa corridinha de uns bons quilometros. Aí, volto pra casa e termino de ler o Saramago que a meses está sendo lido, de forma impressionantemente intercalada.
Assim, aos poucos, vamos dando um ar diferente a esse novo ano.