quinta-feira, fevereiro 12, 2009

MEU XARÁ

Uma das pessoas com quem mais simpatizei na recente visita ao Uruguai além de ter o meu nome, é um cidadão aprazível, querido, e que possui um histórico - uma bagagem, melhor - que nos proporcionava assuntos dos mais agradáveis nos diálogos travados nos chuvosos dias que encaramos por lá. Esbaforido e me recuperando da tarefa recém concluída, assisti ele chegar ao término da maratona de Punta em horário inferior às 4h que tanto lhe amedrontavam. Cumpriu com a tarefa que ele havia lhe imposto de forma quase que miraculosa, ultrapassando a linha de chegada em 3h e 58 ou 59 minutos, não me lembro bem.
E enfim, hoje pela manhã fico sabendo que ele teve uma perna amputada quando um ônibus colidiu na sua bicicleta. Em razão de exercícios físicos, o que é pior, não por necessidade de deslocamento. Sua vida corre risco, está no pronto-socorro ou UTI, agradeço por não ter muita familiaridade com essas siglas e nomes.
O dia correu de forma diferente, mais nebuloso desde que fui informado do ocorrido. Penso na lástima enorme que é. Recordo-me do quanto concordava com ele quando o assunto relacionava-se aos problemas relacionados ao fumo, não propriamente do cigarro. Dizia e ouvia mais ou menos o que eu pensava, e isso não era ruim, não tratava-se de em comunhão abraçar-mos uma mentira ou uma verdade, travamos de se reconfortar. Concordava firmemente com o que era tido como fato-consumado, tinha uma mesma visão da merda que isso é.
Este post é mais do que uma lembrança, são preces de que tudo corra bem com ele.