Travessuras da Menina Má, de Vargas Llosa é, desde já, a melhor leitura que realizei nesse ano. Comprado de forma precipitada numa Feira do Livro de anos atrás, logo que a editora Alfaguara chegou ao Brasil, mantive-o adquirindo poeira na estante pois não nutria nenhuma esperança de nele encontrar algo que me fizesse, por exemplo, dispensar a ele esse post. Ledo engano. Não fosse a preguiça, deveria trazer até aqui, ou mais propriamente ao blog de trechos, alguns parágrafos brilhantes encontrados nas pouco mais de suas 300 páginas. Posso com segurança afirmar que não havia me deparado antes com uma uma obra que contasse com tantos trechos que me dispensassem uma torrente de sensações da mais pura excitação. Coisas visceralmente sexuais, que me obrigavam a respirar fundo e lidar com uma ereção que irremediavelmente surgia. Uma delicia, lógico, mas algo também inusitado, reconheço.
Mas não só os trechos de cunho sexual, a história melindrosa de idas e vindas e o desfecho formidável com que o autor peruano finalizou uma obra que, aparentemente, traz muito de autobiográfico (não que isso possua importância, não possui), fazem de Travessuras da Menina Má uma das mais preciosas peças da minha estante, uma das melhores experiências literárias que já tive.