quarta-feira, agosto 20, 2008

DONA LEAL

Eu quero.

Ela é uma formosura e li que há muito dela e de seu corpo a mostra em Nome Próprio, o filme que ganhou o prêmio principal em Gramado e é a atual mais comentada produção do cinema daqui. Mas nem pela Leandra, minha xará feminina, irei assistir. Deve ser ruim. No mínimo, ruim.
Minha última experiência com o cinema brasileiro (no caso Cão sem dono, baseado no adorável Até o dia em que o cão morreu) foi desagradável o suficiente para abrir mão dele, tomara, por anos a fio.

Mas, por que o público brasileiro não quer ver o filme nacional? Só porque acha, com razão, o cinema americano mais palatável enquanto lazer? Bem, minha explicação para o fato, depois de conviver durante anos com o problema, é a seguinte: o público brasileiro é conservador e o cinema brasileiro, ou o seu cineasta, quando não é revolucionário (na “forma e conteúdo”), é “progressista”. O brasileiro acredita em Deus, no casamento, na família, no trabalho, condena o aborto, o consumo da droga, a violência do MST e, de modo abissal, todo o receituário “politicamente correto”.

Já o cineasta caboclo, cultivando o que chama de “cinema de autor” (“um filme de...”), não só deseja imprimir à realidade a sua distorcida visão pessoal, como também aspira, com o seu filme, “transformar o mundo”. Assim, sendo em geral um sujeito de esquerda, ele renega Deus, convive com a droga, tolera a promiscuidade sexual, zomba do casamento, é favorável ao aborto e cultiva na tela, com prazer, o efeito fácil (e mórbido) da violência.
Daqui.