quinta-feira, julho 07, 2005

23

Dois dias após o Mestre, agora é a minha vez de chegar aos 23 anos.
Nesse dia é interessante realizar uma geral no que foi do último ano. Não falo de 2004, me refiro a minha idade de número 22.
Lamentavelmente, frustração é a primeira palavra que me vem em mente. Não sei (a principio acho que não) se haverá outro ano em minha vida onde tal palavra caiba de forma tão perfeita. Vislumbrando exatos um ano atrás, observo em min uma pessoa mais alegre e feliz. Ainda que seja feita a observação de que tais sentimentos sejam difíceis de serem mensurados, hoje sinto-me um ser mais amargo com relação a tudo. A dureza, os problemas, as lagrimas e as noites mal dormidas, menos mal que me tornaram (sem querer soar piegas, mas já soando) maior. Sim, acostumei-me não com noticias e fatos ruins, mas sim com o impacto provocado. Minha atual condição é retrato de uma idade passada as avessas.
Temo que meus 22 anos sejam futuramente vistos com uma maior amargura do que realmente possuíram, por isso, esses escritos teram um papel fundamental. Eles não permitiram que isso ocorra, pois inigualáveis momentos fizeram parte dos meus dias na idade que acabo de ultrapassar. Momentos que, se jogados sob uma balança, fariam-na chegar a um ponto de equilíbrio, uma espécie de meio-a-meio.
Mas enfim, que bom que assim foi. Pior seria se não houvesse nada para por em cima dela, aí daria-me por conta de que não estaria sequer vivendo. Hoje, tenho a obrigação de dizer o contrário.
Feliz aniversário.