quinta-feira, agosto 04, 2005

O LIVRO DO ANO

E depois, no verão, logo ao voltar ao leste, encontro uma moça totalmente diferente daquele pequeno bando de consoladoras, conselheiras, tentadoras e provocadoras – as “influência”, como diria meu pai - ,longe das quais minha entorpecida e assexuada carcaça vai se reconstituindo, desde que me tornei um homem intrinsecamente sem mulher, sem prazer, sem paixão.

Trecho de O Professor de Desejo, de Philip Roth.
Tentei nos últimos 10 minutos digitar algo a respeito da obra acima, que acabei de ler. Digitava, chamava no back space, tornava a digitar e dava delete na frase inteira. Enchi o saco e digo apenas que; nunca, em livro algum, encontrei nas sensações e sentimentos do personagem principal algo tão similar ao que eu, naquele instante, sentia. Além disso, O Professor de Desejo entra seguramente no hall das melhores obras que já li. É o típico livro que o faz perder qualquer esperança em vir a se tornar escritor, visto a impossibilidade de criar qualquer coisa com um décimo da sua qualidade.